Coreia do Norte informa avanço em programa para fazer armas nucleares


da Folha Online
 
O regime comunista da Coreia do Norte informou nesta sexta-feira (horário local) que alcançou a fase final de enriquecimento de urânio, um processo que lhe daria um segundo caminho para fabricar armas nucleares.
"Realizamos com sucesso a experiência do enriquecimento de urânio, e o processo entrou na fase final", declarou a agência norte-coreana KCNA, em uma mensagem enviada à ONU (Organização das Nações Unidas), segundo o relato da agência estatal da Coreia do Sul Yonhap. 
 
"Também estamos finalizando o reaproveitamento de barras de urânio usadas e do plutônio extraído de um reator para transformá-los em armas", prosseguiu a KCNA. 
As barras de urânio usadas vêm do único reator norte-coreano que produz plutônio, destacou a agência oficial. 
O anúncio desta sexta-feira acontece após um mês de gestos conciliatórios feitos pela Coreia do Norte e aumenta mais uma vez as tensões do país com a comunidade internacional, que exige que Pyongyang abandone seu programa de armas nucleares. 
As afirmações norte-coreanas foram feitas em uma carta enviada ao chefe do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O órgão da ONU impôs novas e mais severas sanções ao país neste ano, depois que a Coreia do Norte fez sua segunda explosão de bomba nuclear --em um teste subterrâneo-- e lançou um míssil com alcance intercontinental. As duas iniciativas infringiram sanções anteriores. 
"Estamos preparados para o diálogo e para as sanções. Se alguns membros permanentes do Conselho de Segurança pretenderem impor sanções antes de diálogo, responderemos com o reforço de nossa dissuasão nuclear primeiro, antes de encontrá-los em um diálogo". 
As sanções atingem uma parte vital da quase falida economia norte-coreana, a venda de armas, responsável por uma receita de cerca de US$ 1,5 bilhão por ano para a Coreia do Norte, uma fonte essencial de moeda estrangeira para o país, que tem um PIB anual de cerca de US$ 17 bilhões e produz poucos produtos de exportação. 
O país também foi proibido de importar produtos que pudessem ser utilizados em seu programa nuclear, e o Conselho ainda congelou fundos de empresas norte-coreanas no exterior.
Com France Presse e Reuters

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