Candidata de Lula à sucessão de 2010, Dilma Rousseff parece discordar da avaliação de que a entrada no jogo de Marina Silva a prejudica.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Dilma foi instatada a comentar a candidatura presidencial da ex-petista Marina pelo PV.
Elogiou a virtual contendora –“Uma pessoa especial, muito qualificada”—mas desdenhou do peso eleitoral de Marina:
“Acredito que, para o PT, em princípio, não muda nada não”.
Num pedaço da entrevista (disponível aqui), perguntou-se a Dilma se já acertou com Lula a data em que trocará o ministério pela campanha.
E ela: “Não acertei nada sobre esse assunto com o presidente Lula. Eu ainda estou naquela fase, que eu não falo de campanha eleitoral...”
“Por quê? [...] A questão eleitoral se coloca no Brasil no ano que vem. Então, teve uma precipitação...”
“...Eu já sou o alvo da vez sem falar isso. Falando isso, aí eu vou ser mais alvo ainda". Disse que contorna o tema "até por uma questão de auto-sobrevivência, de auto-proteção.”
Corrigiu-se: “...Nem sobrevivência é, porque isso aí acaba não atingindo a gente. Mas é extremamente desagradável”.
A chefe da Casa Civil respondeu às críticas de que as regras de exploração do pré-sal são estatizantes e nacionalistas.
Tachou a pregação da oposição de “lamentável”. Disse que o governo apenas deseja ter “maior controle sobre uma das maiores reservas estratégicas” de petróleo.
Afirmou que o Brasil rema na mesma direção seguida pelos governos de outros países que dispõem de reservas semelhantes.
Citou a Noruega, onde, segundo ela, a escolha dos parceiros privados que participarão da exploração do petróleo não é feita em “processo licitatório”.
“Se for isso que estão entendendo por estatizante, o fato de o governo não deixar que fique sobre o controle de empresas privadas internacionais uma das maiores riquezas desse país, nós somos estattizantes...”
“...Se for que nós queremos transferir para a população brasileira a maior parte da renda o conceito de nacionalista, também nós somos”.
blogdojosias

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