Mossad 'vira moda' em Israel depois de assassinato em Dubai


Empresa que fabrica camisetas sobre o Mossad está faturando

Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil

Depois do assassinato em Dubai do líder do Hamas Mahmoud Al-Mabhouh, atribuído ao serviço secreto de Israel, o Mossad, aumentou em Israel a procura de jovens por trabalho na organização, indicando que o serviço secreto "virou moda" no país.
De acordo com o jornal de maior tiragem em Israel, o Yediot Ahronot, desde a publicação do incidente em janeiro e a ampla divulgação de fotos e informações sobre supostos agentes do Mossad, cresceu o número de israelenses que enviou seu currículo para o site de vagas no serviço secreto.
A cobertura extensa do incidente, tanto na imprensa local como na internacional, acendeu a imaginação de jovens que procuram um trabalho "interessante, inusitado e desafiador", de acordo com o jornal.

O jornal cita jovens que, depois de lerem as informações sobre o assassinato, "correram para o computador" para se registrar no departamento de recursos humanos do serviço de espionagem.
O Mossad costuma publicar anúncios de empregos em seu site na internet, procurando "pessoas criativas e amantes de desafios, que procuram um trabalho não rotineiro e dinâmico", com preferência para ex-oficiais do Exército, com "passado de combatente".
Os candidatos também devem saber fluentemente pelo menos uma língua estrangeira e estarem dispostos a viajar para o exterior.
Camisetas
Nas últimas semanas, desde o assassinato do líder do Hamas, o Mossad se tornou "moda" até em camisetas.
Eran Davidov, dono de uma empresa que produz as peças, soube aproveitar a nova moda e produziu rapidamente camisetas glorificando o Mossad.
Davidov disse ao canal 10 da TV israelense que nos últimos dias "não está dando conta" de fornecer o número crescente de encomendas, tanto por lojas locais como por clientes no exterior.
De acordo com o empresário a camiseta com a frase "não se meta com o Mossad" é a mais procurada.
Nesta sexta-feira Israel comemora a festa de Purim, considerado o carnaval judaico, no qual as pessoas costumam se fantasiar.
Neste Purim muitos israelenses - tanto adultos como crianças - resolveram se fantasiar de agentes do Mossad.


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