Professores do Estado param as atividades na próxima segunda-feira sem data para retornar


Os professores da rede pública estadual entram em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria realizada na tarde de ontem, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintep/PB), em João Pessoa. Após a decisão, os professores seguiram em caminhada pelas ruas do Centro da cidade em direção ao Palácio da Redenção.

O secretário de Educação do Estado, Sales Gaudêncio, disse que agendou para a próxima segunda-feira, às 18h, uma reunião com os representantes da categoria e o governador do Estado, no Palácio da Redenção, para discutir as propostas dos professores e evitar a paralisação. Ele alegou que vem fazendo apelo junto aos trabalhadores em educação para que não entrem em greve e aguardem a decisão do governo sobre reajustes. “Acredito que as aulas não serão suspensas”, afirmou.

Antes da assembleia dos professores, o secretário chamou os representantes da categoria para uma rodada de negociações. Segundo o coordenador do Sintep, Antônio Arruda, para a surpresa de todos, durante o encontro não houve apresentação de propostas por parte do governo Estadual apenas um pedido de crédito de confiança de 15 dias para que fossem estudadas as reivindicações da categoria.

Por unanimidade, os professores resolveram não aceitar a prorrogação de prazo para apresentação de propostas e decidiram deflagrar greve a partir do dia 1º de março. Segundo o coordenador do Sintep, mais de 23 mil trabalhadores em educação devem participar da greve. Além dos professores, decidiram participar do movimento todos os trabalhadores em educação, entre eles, supervisores, orientadores, merendeiras, psicólogo escolar e vigias.

Os trabalhadores em educação defendem o aumento de 15,93% para o magistério e a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para os funcionários. Segundo Arruda, atualmente o vencimento (piso salarial) do magistério é de R$ 610,00 para uma carga horária de 30 horas semanais. “Queremos a implantação do Piso Nacional de Salário com vencimento de R$ 825,00 para professor com carga horária de 30 horas semanais. O valor representa reajuste de 15,93%. Os funcionários reivindicam o PCCR”, informou.

Os servidores da educação do Estado também querem defender a melhoria da infraestrutura das escolas. O coordenador do Sintep, Antônio Arruda, informou que 300 escolas da rede estadual de ensino não iniciaram as atividades por problemas estruturais. “Falta carteira, birô, sala de aula, vasos sanitários e segurança”, informou Arruda.

CONTRATAÇÃO

O secretário Gaudêncio revelou que deverá convocar os aprovados do último concurso da educação para ocupar as vagas dos 22 professores de Sociologia exonerados por falta de comprovação de títulos. “A Secretaria de Recursos Humanos está levantando as demandas das regionais para podermos contratar”, disse.  


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