Casal britânico é preso por se beijar e consumir álcool em Dubai


da Folha Online

Um casal britânico --um homem que mora e trabalha em Dubai e uma turista-- foram presos em novembro do ano passado na cidade dos Emirados Árabes Unidos por se beijarem em público e consumirem álcool. Soltos após pagar fiança, eles irão à uma corte em 4 de abril.

De acordo com a rede de TV americana CNN, o casal --cuja identidade não foi revelada-- jantava ao lado de amigos no restaurante Bob's Easy Diner, próximo da praia Jumeirah, quando uma mulher que estava no local com a famíilia ligou para a polícia.

É o terceiro caso envolvendo cidadãos britânicos presos em Dubai em menos de dois anos. Em janeiro deste ano, um casal de namorados britânico foi detido por ter relações sexuais fora do casamento. No final de 2008, outro casal britânico foi condenado a três meses de prisão depois de ter sido considerado culpado por fazer sexo na praia.

Segundo estrangeiros que vivem em Dubai, autoridades locais parecem estar agindo de forma cada vez mais rígida em relação a situações de choque das diferentes culturas.

"Os estrangeiros precisam saber que, não importa o quão moderno seja o país, é uma nação islâmica", disse Heike Moeckel, consultora cultural da empresa Embrace Arabia, que tem sede em Abu Dhabi, e fornece treinamento a expatriados que vivem nos Emirados.

Segundo ele, a "ignorância" dos estrangeiros em relação às tradições islâmicas são o "maior obstáculo" em seu trabalho. De acordo com Moeckel, mulheres islâmicas não levam seus filhos a muitas praias de Dubai porque as vestimentas e o comportamento dos estrangeiros que as frequentam são considerados "totalmente inapropriados" pelos habitantes locais.

"É muito fácil desenvolver a economia por meio da mistura de diferentes povos, com tradições religiosas e nacionalidade distintas", disse Shahidul Haque, representante regional para o Oriente Médio da Organização Internacional para a Migração, em entrevista à rede CNN.

"No entanto, muitas vezes é muito difícil construir uma interação social entre as populações. Isso é um grande desafio para qualquer país", disse ele, acrescentando que incidentes do tipo ocorrem por "razões sociais e econômicas", e não apenas por "diferenças religiosas".

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