A Marinha do Chile destitui nesta sexta-feira o diretor do Serviço Hidrográfico e Oceanográfico, comandante Mariano Rojas, por não ter entregue informação clara e precisa sobre o perigo iminente de tsunami após o terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o país no último dia 27.
"O Comandante-em-chefe da Marinha resolveu retirar de seu cargo o diretor do Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha", diz um comunicado oficial.
Segundo um documento obtido pelo jornal "El Mercurio", os militares não dispararam o alarme de alerta contra tsunamis logo após o terremoto porque consideraram que não havia riscos --já que o epicentro foi em terra.
Ao perceber-se que se tratava de um maremoto, o alerta foi declarado, mas acabou sendo suspenso quando as ondas gigantes já se dirigiam para a costa.
Depois do sismo, ondas de até 15 metros arrasaram cidades costeiras, ilhas e portos. Em algumas zonas, a água avançou mais de 2 quilômetros terra adentro, causando a morte de centenas de pessoas.
Muitas autoridades de cidades costeiras especulam que o número de mortos pelas ondas gigantes foi até maior que os mortos pelo tremor.
A Marinha do Chile reconheceu nesta semana que seu serviço oceanográfico não foi claro ao alertar a presidente Michelle Bachelet sobre a iminência de um tsunami. "A presidente telefonou para ver se seria mantido o alerta. Nós fomos pouco claros na informação que entregamos a ela", disse o chefe da Marinha, almirante Edmundo González, à emissora de TV estatal.
No texto, a Marinha diz ainda que iniciou uma investigação técnica "para determinar as responsabilidades e esclarecer as circunstâncias derivadas do processo de tomada de decisões, assessoria e desempenho técnico dos níveis distintos que acionaram como resposta à catástrofe natural".
A Marinha nomeou ainda o comandante Patricio Carrasco para o cargo.
Com France Presse
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