Chile vai investigar erro em alerta de tsunami; centenas fogem para montanhas



da Folha Online

A Marinha do Chile informou nesta quarta-feira que vai investigar as falhas que levaram ao cancelamento do alerta de tsunami logo após o terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o país no último dia 27 e matou ao menos 802 pessoas. O tsunami atingiu cidades costeiras das regiões de Maule e Bío Bío e a ilha Juan Fernández e causou dezenas de mortes.

Diante de um novo alerta nesta quarta-feira, centenas de chilenos fogem para as regiões montanhosas do país. Eles dormem em barracas e tendas improvisadas em regiões mais altas com medo de retornar às às suas casas em cidades costeiras vulneráveis às ondas gigantes.

"A Marinha do Chile reitera, para reduzir ou eliminar especulações, que da análise preliminar é possível identificar falhas no cancelamento do alerta de tsunami, efetuado às 4h56", diz comunicado citado pelo jornal chileno "La Nación".

Segundo um documento obtido pelo jornal "El Mercurio", os militares não dispararam o alarme de alerta contra tsunamis após o terremoto porque consideraram que não havia riscos já que o epicentro foi em terra.

Ao perceber-se que se tratava de um maremoto, o alerta foi declarado, mas acabou sendo suspenso quando as ondas gigantes já se dirigiam para a costa.

Depois do sismo, ondas de até 15 metros arrasaram cidades costeiras, ilhas e portos. Em algumas zonas, a água avançou mais de 2 quilômetros terra adentro, causando a morte de centenas de pessoas.

A Marinha afirmou ainda que a investigação não pretende "responsabilizar terceiros, nem aludir a responsabilidades e sim entregar a versão oficial" do ocorrido.

Fuga

Moradores das cidades costeiras, a maioria dos quais vive dos lucros da pesca, fugiram para as montanhas e não querem mais voltar para suas casas --apesar da falta de comida e água.
Eles temem que mais tsunamis atinjam o país diante das constantes e fortes réplicas que seguiram o terremoto do último sábado.

As réplicas causam pânico em vilarejos de pescadores e cidades costeiras nesta quarta-feira, levando ainda mais pessoas a fugir diante de novo alerta de tsunami.

O bispo católico Carlos Pellegrin, que supervisiona mais de 30 localidades na Província de Nucle, disse que ao menos oito pequenas comunidades e duas cidades foram abandonadas.

Pellegrin disse que os bombeiros estão levando água e suprimentos até os acampamentos improvisados, mas a ajuda ainda é insuficiente.

Vítimas

O número de mortos no terremoto subiu para 802, informou nesta quarta-feira à noite o Escritório Nacional de Emergência (Onemi).

De acordo com o subsecretário do Interior, Patrício Rosende, o número de desaparecidos continua em 19.

A região de Maule foi a que registrou mais mortes. No entanto, corpos também foram recolhidos nas localidades de Bío-Bío, O'Higgins --na região metropolitana de Santiago--, Valparaíso e Araucanía.

Rosende afirmou que o número de mortos pode aumentar, mas não deu detalhes sobre as vítimas fatais de acordo com cada região afetada pelo tremor.

Mais cedo, a presidente chilena, Michelle Bachelet, afirmou, com lágrimas nos olhos, que a cifra de mais de 800 mortos pelo devastador terremoto continuará subindo, enquanto a Marinha admitiu que não alertou a tempo a população litorânea sobre os tsunamis no Pacífico.

Quatro dias depois de um dos terremotos mais violentos da história, helicópteros, lanchas e equipes de socorro continuam à procura de sobreviventes. "Tenho a impressão de que vai haver mais mortos", disse Bachelet com a voz embargada a uma rádio.

1 comentários:

Anônimo disse...

EU NÃO ACREDITO QUE O MUNDO VAI ACABAR DESSE JEITO,ACREDITO QUE JESUS VAI VOLTAR PARA BUSCAR TODO AQUELE QUE NELE CRER,POR ISSO TEMOS QUE ESTA PREPARADO,POR QUE NÃo TEM HORA,DATA,ANO,MES...ENTÃO VE SE NÃO COLOCA QUE O MUNDO VAI ACABAR NÃO,TÁ.MAS CADA UM TEM A SUA OPINIÃO,A MINHA É ESSA.

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