Escritor chinês reivindica direitos autorais do filme "Avatar"


da Efe, em Pequim

O filme "Avatar", que continua despertando paixões na China, agora é alvo de processo no Tribunal de Pequim após um escritor chinês reivindicar direitos autorais pelo filme, alegando que a produção hollywoodiana plagiou de seu livro o nome da cordilheira "Aleluia".

Leia os comentários dos jornalistas da Folha sobre o prêmio

Segundo o jornal "Xin Beijing", o escritor Zhou Shaomou acusou no Tribunal de Pequim o diretor do filme, o canadense James Cameron, de plagiar seu livro. Pelo caso, o escritor pede 8% dos lucros globais do filme.

Zhou diz que escreveu "Tale of the Blue Crows" em 1997 e nunca chegou a publicá-lo, mas em 1999 decidiu divulgar a obra na internet e foi quando a história foi plagiada.

Ele afirma que 80% do conteúdo do filme é igual ao de seu livro e, por isso, pede a suspensão imediata da projeção de "Avatar".

O Tribunal de Pequim, por sua vez, afirma que os documentos nos quais se baseia o escritor chinês estão incompletos.

A produtora 20th Century Fox International China, distribuidora do filme, respondeu às acusações e alegou que a história do filme foi escrita muito antes de 1999, ano quando Zhou publicou sua obra na internet.

No filme, vários espectadores chineses encontraram semelhanças com a realidade do país, lembrando as expropriações e despejos de inquilinos à força que o governo chinês impõe contra os camponeses.

A imprensa chinesa afirma que o diretor se "inspirou" na cordilheira Qiankunzhu para criar as montanhas flutuantes "Aleluia", após ver as imagens dos fotógrafos de Hollywood que, em 2008, foram ao país para fotografá-las durante quatro dias.

O filme "Avatar" se tornou o maior sucesso de bilheteria da história da China e no mundo, mas os altos custos do filme não foram suficientes para o Oscar de melhor filme, vencido ontem por "Guerra ao Terror", de Kathryn Bigelow.

"Avatar" acabou levando apenas três estatuetas de categorias técnicas: direção de arte, efeitos visuais e fotografia.

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