Filho de Bin Laden pede libertação de parentes presos no Irã



colaboração para a Folha Online

A arquidiocese de Munique (Alemanha) anunciou nesta segunda-feira a suspensão do padre acusado de pedofilia durante o período em que o papa Bento 16, então Joseph Ratzinger, era arcebispo da cidade. A arquidiocese também aceitou a renúncia de seu superior, Josef Obermaier.
O papa envolveu-se na decisão de enviar o padre para sessões de terapia, em 1980, depois que outra diocese, a de Essen (no oeste alemão), requisitou sua transferência devido ao surgimento das alegações.

Em comunicado, a arquidiocese de Munique afirmou que o padre, identificado apenas como Rev. H., foi removido de suas funções e proibido de realizar qualquer trabalho com jovens depois de "alegações de abusar sexualmente de crianças e de uma condenação no sistema de Justiça". A arquidiocese acrescentou que não houve mais reclamações contra o padre desde sua condenação em 1986.

As decisões ocorrem em um momento em que a Igreja alemã é pressionada a responder às denúncias de abusos físicos e sexuais contra crianças. As alegações na Alemanha vem à tona poucas semanas após ter sido revelado que o abuso sexual era sistemático na Igreja Católica na Irlanda, e resultou em alegações semelhantes na Holanda e na Áustria.

O mais alto dirigente da Igreja Católica da Irlanda, o cardeal Sean Brady, disse nesta segunda-feira que só vai renunciar a pedido do papa. Brady é pressionado por sua participação em um caso ocorrido em 1975, em que duas vítimas de um padre tiveram de assinar um juramento de confidencialidade. O padre mais tarde admitiu ter molestado 90 crianças em mais de 40 anos.

Resposta do papa

Políticos católicos e ativistas alemães pressionam para que o papa se pronuncie sobre os casos de abuso sexual cometidos por padres.

Bento 16 também vem recebendo duras críticas da mídia por não ter se manifestado oficialmente, após ser informado sobre os escândalos na última sexta-feira (12) pelo líder da igreja na Alemanha, arcebispo Robert Zollitsch.

De acordo com o arcebispo Rino Fisichella, ele deve divulgar em breve uma carta sobre as alegações na Irlanda, onde deve falar com "uma voz clara e decisiva, sem esconder nada".

Em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal italiano "Corriere della Sera", Fisichella classificou a perseguição contra o pontífice de "insana" e afirmou que a política de tolerância zero que Bento 16 quer implementar é uma "obrigação moral".

No Conselho dos Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra (Suíça), um grupo secularista acusou o Vaticano de violar a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, e pediu que a Igreja apresente seus arquivos e registros às Nações Unidas e investigadores.

com Reuters e Associated Press

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