Japão atualiza número de vítimas de ataque em metrô em 1995



da Efe, em Tóquio

Os ataques com gás sarin realizados há 15 anos no metrô de Tóquio pela seita Verdade Suprema deixaram 13 mortos e quase 6.300 intoxicados, ao invés de 12 mortos e aproximadamente 5.000 intoxicados, segundo um novo relatório da polícia japonesa.

A nova apuração inclui entre as vítimas mortais um homem que faleceu um dia após os ataques em um acidente que aconteceu em decorrência dos efeitos do gás sarin que inalou na véspera, segundo as autoridades.

O relatório, divulgado pela agência de notícias Kyodo, ressalta que os números anteriores se baseavam em boa parte no número de internações efetuadas pelo Corpo de Bombeiros de Tóquio em 20 de março de 1995, dia do ataque.

Agora foram acrescentados dados que as próprias vítimas forneceram durante a investigação oficial quando solicitavam indenizações.

O ataque múltiplo com gás sarin no metrô de Tóquio foi o pior atentado terrorista da história do Japão.

Vários membros da seita apocalíptica Verdade Suprema, dirigida pelo guru Shoko Asahara, semearam o caos na capital japonesa espalhando o gás em um momento em que os trens circulavam completamente lotados, em plena hora do rush da manhã.

A Verdade Suprema realizou outros ataques anteriores com sarin, como os que mataram sete pessoas na cidade de Matsumoto (centro do Japão) em 1994, onde dois juízes avaliavam denúncias contra a seita.

Segundo o último relatório policial, as vítimas da seita nos diferentes casos ao longo dos anos chegam a 6.564, entre mortos e feridos.

Até o momento, o governo japonês pagou indenizações no valor de 2.342 milhões de ienes (cerca de R$ 45,7 milhões) a 5.000 vítimas, cerca de 76% do total.

A Justiça japonesa condenou à morte dez dos antigos membros da Verdade Suprema, entre eles Asahara, mas nenhuma das penas ainda foi ainda executada, e o processo pelos ataques segue aberto.

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