Mais 11 tremores atingem centro do Chile e assustam moradores



da Folha Online

Em apenas oito horas, as regiões de Bio-Bio e Libertador O'Higgins, no centro-sul do Chile, foram atingidas por 11 terremotos de magnitudes entre 4,9 e 5,8. Não há registro de danos ou vítimas das novas réplicas --tremores secundários-- que causaram pânico nos moradores da região, depois de três terremotos consecutivos que levaram o governo a decretar alerta de tsunami preventivo.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o mais recente tremor foi registrado às 20h18 desta quinta-feira em Bio-Bio. O terremoto, de magnitude 4,9, teve epicentro a 65 km de Concepción e foi registrado a uma profundidade de 35 km.

A mesma região sofreu com um tremor de magnitude 5,5 às 19h34 desta quinta-feira. O tremor, a profundidade de 36,9 km, foi localizado a 100 km de Concepción.

Os outros nove tremores foram registrados em Libertador O'Higgins, variando de magnitude 4,9 a magnitude 5,8.

Pouco após tomar posse, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, decretou zona de catástrofe na região de Libertador O'Higgins, que sofreu mais cedo com três réplicas consecutivas, a maior delas de magnitude 6,9.

Piñera convocou uma reunião de emergência sobre os novos tremores e determinou à sua equipe que faça uma avaliação dos danos.

"A medida busca agilizar os processos", disse o presidente a jornalistas no palácio presidencial de Cerro Castillo, na cidade de Viña del Mar, pouco depois de sua posse na sede do Congresso chileno, na vizinha Valparaíso.

Ele afirmou que os três tremores principais provocaram "danos significativos" na área de Rancagua, ao sul da capital chilena Santiago.

"Os danos ocorridos em Rancagua são danos significativos. Nesse momento estamos deslocando nossas equipes de emergência", disse Piñera, que anunciou ainda o deslocamento de militares das Forças Armadas para garantir a "segurança dos cidadãos".

O Ministério do Interior anunciou que, até o momento, não há registro de mortes em decorrência dos novos tremores.

Susto entre presidentes

Os novos tremores não deixaram vítimas, mas assustaram até mesmo os presidentes que participavam da cerimônia de posse de Piñera.

Eliseo Fernandez/Reuters
Líder eleito do Chile, Sebastian Piñera, recebe faixa presidencial durante posse; cerimônia foi marcada por susto com réplicas
Líder eleito do Chile, Sebastian Piñera, recebe faixa presidencial durante posse; cerimônia foi marcada por susto com réplicas
Os presidentes sul-americanos presentes na cerimônia em Valparaíso admitiram que foi possível sentir o tremor de magnitude 6,9 que atingiu o Chile pouco antes do início da solenidade.

Além desse terremoto, outras quatro réplicas foram registradas no país entre 11h55 e 12h34. Por essa razão, o Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha declarou um alerta de tsunami de forma preventiva, que mais tarde foi cancelado.

O mandatário do Uruguai, José Mujica, se disse "um pouco" assustado e declarou que neste momento gostaria de "estar em meu país".

Já o chefe de Estado peruano, Alan García, afirmou que era uma "honra dividir um tremor com o povo chileno".

O presidente da Bolívia, Evo Morales, por sua vez, lamentou a ocorrência de uma série desses fenômenos naturais no país. "Não nos surpreendemos, mas lamentamos esse tipo de problema. Esperamos que pare", declarou Morales, que garantiu não ter se assustado.

Outros líderes que também compareceram ao evento foram os mandatários de Equador, Rafael Correa, Paraguai, Fernando Lugo, Colômbia, Álvaro Uribe, e Argentina, Cristina Kirchner, além do secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), o chileno José Miguel Insulza. Logo pós a cerimônia de posse o edifício foi evacuado.

Com agências internacionais

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