Em conferência nuclear, Irã ataca "provocadores do Ocidente"



da Reuters

O Irã afirmou em conferência de desarmamento neste sábado realizada em resposta a um encontro em Washington para o qual não foi convidado, que prentede reagir a "provocadores" que detenham armas nucleares.

O Irã afirmou que 60 países estavam representados em sua conferência, incluindo "sete ou oito" ministros das Relações Exteriores e os vices-ministros de China e Rússia--duas grandes potências que o Ocidente pressiona para aceitar novas sanções contra o Irã devido ao seu programa nuclear.

Com novas sanções cada vez mais prováveis, o presidente Mahmoud Ahmadinejad usou seu discurso na conferência para criticar os "provocadores" que tentavam impedir o Irã de ganhar conhecimento em questões nucleares que alega ser para propósitos puramente pacíficos.
"Infelizmente, o governo norte-americano usou armas nucleares e ameaçou oficialmente usar armas nucleares", disse Ahmadinejad a delegados no centro de conferências da emissora estatal IRIB.

"Quando aqueles que possuem armas nucleares e usam essas armas têm um direito desigual de veto no mais alto órgão responsável pela segurança internacional, isso não significa incentivar os outros a proliferar armas nucleares para prover segurança nacional?", perguntou.
Um plano de sanções dos EUA propõe novas restrições ao sistema bancário iraniano, um embargo total sobre as armas, medidas mais rígidas para cargas vindas do Irã e contra membros da Guarda Revolucionária do país e empresas que eles controlam, além da proibição de novos investimentos no setor de energia da nação.

Enquanto Washington espera que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprove as sanções nas próximas semanas, Ahmadinejad disse que não irá implorar para evitar as medidas, e que elas não são um risco significativo ao quinto maior exportador de petróleo do mundo.

"O Conselho de Segurança abertamente se tornou uma ferramenta para a implementação de políticas de alguns poucos governos provocadores", afirmou.

Ele pediu mudanças na estrutura do conselho e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que segundo ele se tornou "uma alavanca política" contra os países não-nucleares. A AIEA afirmou em fevereiro que o Irã pode estar construindo uma bomba atômica.

Ahmadinejad afirmou que um novo órgão da ONU deveria supervisionar o desarmamento global e que os Estados que possuem ou ameaçam o uso de armas nucleares deveriam ser suspensos da AIEA.

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