Vereador Fofinho é afastado e Justiça desarquiva CPI do “Bolsa Família” em Bayeux

 Da redação 
ClickPB 

A Justiça determinou o desarquivamento da CPI do Bolsa Família em Bayeux, onde o presidente da Câmara municipal, Mizael Martinho Carmo, mais como “Fofinho”, é acusado de envolvimento em um suposto esquema de pagamento de benefício do Governo federal para sua ex-mulher, Luciene Andrade Gomes Martinho, que estava cadastrada no Bolsa Família e recebia, em 2009, os recursos que deveria atender apenas a pessoas carentes. 

Para completar, Fofinho foi destituído da presidência da Casa até a conclusão dos trabalhos da CPI, que terá como presidente a vereadora Célia Domiciano (DEM), relator José Eraldo (PSB) e Maria das Neves (PMDB).  Raminho do Calçamento é o novo presidente da Câmara em exercício

A notícia foi confirmada pelo vereador Coriolano, já a instauração da CPI foi proposta no ano passado pelo vereador Jorge de Souza (PMDB). 

Em agosto de 2009, os vereadores da cidade de Bayeux tentaram instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a denúncia de do escândalo do Bolsa Família que envolve o presidente da Casa, Mizael Martiho, conhecido como Fofinho. No pedido do vereador Jorge de Souza foram anexadas todas as denúncias contra Fofinho e que segundo o vereador, deverá ser aprofundadas, principalmente diante de documentos revelados na imprensa, dando conta que a Coordenação do Programa Bolsa Família teria confirmado que os filhos do parlamentar estavam inscritos no programa Bolsa Família até o mês março deste ano. 

Com quatro assinaturas apresentadas os vereadores de Bayeux aprovaram a abertura de uma CPI que investigará as supostas denúncias que envolvem o presidente da Câmara Municipal de Bayeux, Mizael Martinho, conhecido como Fofinho envolvido no escândalo da Bolsa Família na cidade de Bayeux. Acompanharam o vereador Jorge de Souza (PMDB) os vereadores Lico, Célia Domiciano e Maria das Neves conhecida como Dedeta. 

Segundo o vereador Lico, o regimento da Câmara prevê que com 1/3 de assinaturas são necessárias para instalação de qualquer comissão parlamentar de inquérito e na sessão de terça-feira, 4 vereadores apresentaram esse pedido. Os vereadores agora esperam que o presidente Fofinho se afaste da presidência nesta quinta e faça o sorteio para decidir quem presidirá a câmara de Bayeux enquanto durarem as investigações. 

Entenda mais o caso noticiado inicialmente pela jornalista Claudia Carvalho do ParlamentoPB:



O vereador Mizael Martinho do Carmo, mais conhecido como Fofinho (DEM), presidente da Câmara Municipal de Bayeux, terá que explicar uma denúncia séria e recheada de provas que chegou ao conhecimento do Parlamentopb. De acordo com dados da Coordenação do Programa Bolsa Família, três filhos do parlamentar estavam inscritos no programa Bolsa Família até o mês passado, quando o benefício foi suspenso, conforme declaração cedida pela Coordenação do programa, em documento assinado e datado de 13 de julho de 2009, porque descobriu-se que a família dos menores tem renda superior à estabelecida para os beneficiários. 

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A resolução 09/2008, aprovada no mês de setembro pela Câmara Municipal de Bayeux, Casa Severaque Dionísio, prevê que o subsídio mensal dos vereadores seja de R$ 4.953,60. Como é presidente da Casa, Fofinho tem direito a um adicional de R$ 2.476,80, o que perfaz um salário total de R$ 7.430,40. Mesmo com esse nível salarial, Fofinho permitiu que seus filhos permanecessem inscritos no Bolsa Família, que é destinado a crianças carentes, e recebessem repasses de R$ 102,00. 

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Uma das filhas do vereador, nascida no início de novembro de 2003, foi inscrita no Bolsa Família no final do mesmo mês. Já o filho, cujo nascimento se deu no início de novembro de 2001, foi cadastrado no programa menos de um mês depois. A filha mais velha, Luciene Andrade Gomes Martinho, nascida em 1984, teve sua inscrição efetuada no Bolsa Família em 2003. 

O Bolsa Família é um programa do Governo Federal que prevê a transferência direta de renda para famílias pobres e extremamente pobres. Podem receber o benefício, famílias com renda de até R$ 60 por pessoa

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