Pai teria tramado a morte de filho

Um líder empresarial de Mato Grosso e ex-diretor de banco foi preso na quinta-feira suspeito de contratar pistoleiros para matar o próprio filho. O motivo: R$ 28,2 milhões ganhos em um concurso da Mega Sena em 2006.

Francisco Serafim de Barros, 60 anos, que já foi diretor do Banco da Amazônia e é superintendente administrativo da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), foi preso em Cuiabá após investigações iniciadas com a detenção de dois pistoleiros. Quando o prêmio foi ganho nada indicava que haveria a desavença familiar.

Barros e o filho Fábio Cezar Barros Leão, 40 anos, foram juntos a uma agência da Caixa Econômica Federal em Brasília receber o dinheiro, segundo Ricardo Monteiro, advogado da vítima:

– Como Fábio não tinha conta na CEF, aceitou que o dinheiro fosse depositado na do pai.

De acordo com Monteiro, Leão mantinha uma relação “harmônica’’ com o pai e o irmão Fabiano Leão de Barros, 32, anos que foi preso ontem, também suspeito de participar da suposta trama.

As desavenças surgiram após um ano de gerenciamento da fortuna. Segundo o advogado, Leão discordava de investimentos feitos pelo pai e decidiu que deveria administrar os valores sozinho.

– O pai não aceitou – relata.

Na Justiça, Leão conseguiu o bloqueio dos bens adquiridos pelo pai com o dinheiro do prêmio. Ele ainda pede que seja declarado o único ganhador do prêmio.

O advogado disse que seu cliente ficou “surpreso e abalado’’ com o resultado da investigação.

A investigação que levou à prisão de Barros começou após a captura de dois homens em fiscalização de rotina da Polícia Rodoviária Federal, há três meses. Eles se dirigiam para Campo Grande (MS), onde vive a noiva de Leão. A polícia acredita que o crime ocorreria por aqueles dias. Além de armamento sem registro, a PRF encontrou com eles fotografias de Leão e da noiva e anotações de endereços deles.

A reportagem tentou contato com o advogado de Barros, João Batista Alves Barbosa, e deixou recados que não tiveram resposta.

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