Primeiro-ministro da Turquia defende fim das armas nucleares

DO RIO

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, defendeu nesta sexta-feira (28) durante discurso na Aliança das Civilizações, no Rio, a eliminação das armas nucleares. Erdogan defendeu o acordo fechado com o Irã e mediado por Brasil e Turquia como uma contribuição para a paz mundial.

Para Erdogan, a proliferação de armas nucleares é um obstáculo no caminho para a paz mundial.

Em referência aos EUA, mas sem citar diretamente o país, disse que "aqueles que falam desse tema deveriam eliminar as armas nucleares de seus países".

O primeiro-ministro fez um apelo para que os países membros da aliança participem da luta contra a pobreza, as armas nucleares e o terrorismo. "Devemos olhar para um mundo não de conflito, mas de solidariedade", disse.

Erdogan ressaltou que o Islã não pode ser considerado sinônimo de terrorismo. Segundo ele, os ataques terroristas de Nova York, Madri, Londres e Istambul foram também ataques ao Islã, à essência da religião. Para o primeiro-ministro, da mesma forma que pregar o antissemitismo é errado, é injusto relacionar o Islã ao terrorismo. Erdogan citou trechos da Bíblia e do Corão para pregar a união entre os povos e a convivência pacífica, apesar das diferenças.

"O sentido de igualdade deve fazer parte das relações internacionais. O conceito de segurança não pode ser diferente no mundo. Claro que choramos pelas crianças mortas pelos conflitos no Afeganistão, em Gaza, mas também choramos por aquelas que morreram nos terremotos do Chile e do Haiti", disse.

O respeito às diferenças foi também a tônica do discurso da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que defendeu a construção de um mundo onde diferenças étnicas e religiosas não se tornem empecilhos para a integração das sociedades. Segundo Kirchner, a educação é o caminho para a superação de preconceitos.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou o capitalismo, definido por ele como a anticivilização. "O maior desafio que temos hoje é salvar a humanidade do capitalismo", disse.

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