Tia de Obama do Quênia recebe asilo nos EUA

Colaboração para a Folha

Um juiz de imigração em Boston concedeu asilo a uma tia queniana do presidente Barack Obama, permitindo que ela permaneça nos EUA, informaram seus advogados nesta segunda-feira.

Zeituni Onyango, 57, agora pode solicitar o visto de trabalho e entrar na fila para o visto de residência permanente. Em cerca de seis anos ela pode entrar com pedido de cidadania.

Onyango é meia-irmã do pai de Obama, mudou-se para os EUA em 2000 e pediu asilo em 2002. O primeiro pedido foi negado e ela recebeu ordem para ser deportada em 2004, mas não deixou o país.

A situação como imigrante ilegal só veio à tona dias antes de Obama ser eleito, em novembro de 2008. Obama disse que não sabia que sua tia vivia ilegalmente nos EUA e disse que as leis deviam ser seguidas.

Ela continuou insistindo, alegando problemas de saúde. Um juiz concordou em suspender o pedido de deportação e reabrir o caso de asilo. Três meses atrás ela deu depoimento em uma audiência fechada em Boston, onde chegou de cadeira de rodas, e dois médicos testemunharam a seu favor.

O porta-voz de Obama, Nick Shapiro, disse nesta segunda-feira que a Casa Branca não teve nenhum envolvimento no caso em nenhum ponto do processo.

Justificativa

Pessoas que buscam asilo devem provar que enfrentam perseguição em seu país de origem baseado em religião, raça, nacionalidade, opinião política ou participação em grupo social.

"O processo de asilo é confidencial e ela quer manter dessa forma, então não podemos dar detalhes sobre o motivo de o juiz dar o asilo ou a alegação que ela fez", disse o advogado, Scott Bratton. "Ela não quer que as pessoas sintam pena dela."

Outra advogada, Margaret Wong, de Cleveland, disse no ano passado que Onyango fez o pedido de asilo pela primeira vez "devido à violência no Quênia". O país é alvo de ciclos de violência eleitoral a cada cinco anos.

Questões de saúde também devem ter sido decisivas. Em entrevista dada em novembro à Associated Press, Onyango disse que portava necessidades especiais e estava aprendendo a andar de novo após ficar paralisada por uma doença autoimune.

Em sua biografia "A Origem dos meus sonhos", Obama se referiu a ela como "titia Zeituni" e descreveu um encontro com ela durante sua visita ao Quênia, em 1988.

Com agências internacionais

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