EUA: Terceiro em linha de comando da Al-Qaeda 'foi morto no Paquistão'

Autoridades americanas disseram acreditar que um dos principais líderes da Al-Qaeda, Mustafa Abu al-Yazid, foi morto em um ataque com um avião de vigilância não tripulado no Paquistão.

Um comunicado da Al-Qaeda veiculado em sites islâmicos confirmou que Yazid, egípcio de nascimento, também conhecido como Sheikh Said al-Masri, teria sido morto juntamente com sua esposa, três filhas e outras pessoas.

Yazid comandava as operações da Al-Qaeda no Afeganistão. Acredita-se que ele controlava todos os aspectos das operações do grupo, das finanças ao planejamento operacional.

Militares americanos costumavam se referir ao militante como o terceiro mais importante líder da Al-Qaeda e o principal canal de ligação com o líder do grupo, Osama Bin Laden.

‘Grave maldição’

Uma autoridade americana disse que há “fortes razões” para acreditar que Yazid foi morto em uma área tribal do Paquistão nas últimas duas semanas.

Grupos de monitoramento americanos disseram que uma mensagem da Al-Qaeda divulgada em sites islâmicos nesta segunda-feira, além de mencionar as mortes de Yazid, sua mulher, três de suas filhas, sua neta e outros homens, mulheres e crianças, diz que “sua morte será apenas uma grave maldição de sua vida sobre os infiéis. A resposta está próxima. Isso é suficiente”, dizia a mensagem.

Acredita-se que Yazid se tornou o terceiro mais importante líder da Al-Qaeda em 2007, quando seu antecessor, Abu Ubaida al-Masri, morreu de hepatite no Paquistão.

Há relatos de que Yazid administrou a parte financeira dos ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington.

Em uma rara entrevista, concedida à televisão paquistanesa Geo TV, em 2008, ele disse que a Al-Qaeda estava “propriamente envolvida” nos ataques, assim como nos atentados de 1998 contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia.

Na entrevista, ele também acusou o governo paquistanês de lutar contra militantes islâmicos, justificou atentados suicidas e previu vitória das forças do Talebã e da Al-Qaeda no Afeganistão.

Yazid teria sido preso no Egito em 1982, após o assassinato do então presidente egípcio, Anwar Sadat.

A última declaração pública de Yadid foi um comunicado divulgado no dia 4 de maio em que elogiava os dois principais líderes da Al-Qaeda no Iraque, Abu Omar al-Baghdadi e Abu Ayub al-Masri, que foram mortos em abril.

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