Presidente tchetcheno escapa por pouco de atentado a bomba


DA REUTERS, EM GROZNY (RÚSSIA)
Um homem-bomba detonou explosivos nesta quarta-feira perto de um auditório onde o presidente da Tchetchênia, Ramzan Kadyrov, assistia a um concerto. Ele escapou ileso, mas cinco policiais ficaram feridos na ação.
"Esses bandidos não podem destruir a paz na república tchetchena", disse Kadyrov, um aliado de Moscou no combate a grupos separatistas islâmicos. Ele não disse se achava que era o alvo do atentado na sala de concertos de Grozny, a capital dessa região russa.
Foi o primeiro atentado suicida em quase um ano na cidade. A Rússia enfrenta uma insurgência islâmica na Tchetchênia --onde separatistas travaram contra Moscou duas guerras devastadoras para a região em meados da década de 1990-- e em Províncias vizinhas do norte do Cáucaso, uma região predominantemente muçulmana.
O atentado ocorreu quando o homem-bomba se aproximou de um veículo da comitiva presidencial, disse uma fonte policial à Reuters, pedindo anonimato. A fonte disse que o homem-bomba era um jovem de Grozny.
Kadyrov, um ex-rebelde que aderiu ao Kremlin e agora promete eliminar a insurgência islâmica, diz que já sofreu atentados contra sua vida. Seu pai e antecessor, Akhmad Kadyrov, foi morto em 2004 por uma explosão em um palanque.
Grupos de direitos humanos dizem que Kadyrov governa a Tchetchênia como um "feudo pessoal", mas analistas dizem que um eventual atentado contra ele poderia mergulhar a república no caos --o que seria uma grande dor de cabeça para o Kremlin, que lhe dá crédito por manter a precária paz na região.
Jovens irritados com a pobreza e estimulados pela ideologia radical jihadista realizam atentados quase diários no norte do Cáucaso, e o Kremlin considera que essa região é o seu maior problema interno.
Muitos desejam criar um Estado islâmico independente, e chamam de infiéis os líderes da região, acusando-os de abandonar o verdadeiro islã para se alinhar ao Kremlin, segundo sites simpatizantes desses militantes.
No ano passado, o líder da Inguchétia, Yunus-Bek Yevkurov, escapou por pouco de um atentado suicida.

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