Procuradora acusada de torturar criança chega ao Tribunal de Justiça do Rio

R7


A procuradora Vera Lúcia de SantAnna Gomes, acusada de torturar uma menina de dois anos que estava em sua guarda, chegou por volta das 11h desta sexta-feira (11) no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde vai assistir aos depoimentos de testemunhas na 32ª Vara Criminal da capital. 

O juiz Mário Henrique Mazza deve ler os autos e depois ouvirá oito testemunhas de acusação levadas pelo Ministério Público e seis de defesa. Vera Lúcia entrou pela garagem e não passou pelos corredores do Fórum. A audiência é fechada e não permitirá a presença da imprensa. 

Vera Lúcia se entregou à Justiça no último dia 13 e está presa no complexo penitenciário de Bangu. Quatro pedidos de habeas corpus foram negados pela 4ª Câmara Criminal do TJ-RJ e também pelo Superior Tribunal de Justiça. 

A polícia começou a investigar a procuradora após uma denúncia do Conselho Tutelar no dia 15 de abril. Os conselheiros retiraram uma menina, na época com dois anos, do apartamento em que Vera Lúcia morava em Ipanema, na zona sul carioca. 
Um conselheiro disse que, ao chegar ao apartamento, encontrou a menina no chão do terraço, onde vivia o cachorro. A criança tinha marcas evidentes de agressão. Entre elas, um olho roxo e inchado. 

Ex-empregados da procuradora aposentada prestaram depoimento à polícia e disseram que ela mantinha a criança trancada em um quarto durante todo o dia, proibindo qualquer pessoa de manter contato físico ou verbal com a menina. Também relataram que ela chamava a menina de "cachorra". 

A denúncia do Ministério Público mencionou que Vera Lúcia poderia ser ligada em uma seita satânica cujo objetivo seria sacrificar a criança. 

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