Chefe militar dos EUA diz que situação no Afeganistão é "séria"


colaboração para a Folha Online

No momento em que o apoio popular a guerra do Afeganistão é cada vez menor, o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, disse neste domingo que a situação no país asiático "é séria e está se deteriorando".

No entanto, ele se recusou a dizer se a derrota do grupo radical islâmico Taleban irá demandar mais do que os 68 mil soldados americanos que lutam no país.

"Penso que é série e está se deteriorando, e tenho dito isso nos últimos dois anos, que a insurgência taleban está ficando melhor, mais sofisticada, em suas táticas, afirmou o almirante.

O número de soldados americanos mortos no Afeganistão tem crescido desde que o presidente Barack Obama ordenou um aumento das tropas para combater os radicais. Em julho, 44 soldados dos EUA morreram no país asiático.

Esse é um dos fatores que fizeram com que pesquisas divulgadas recentemente mostrassem um apoio menor à guerra, iniciada há oito anos.

Mullen, em entrevista à emissora de TV americana CNN, disse que o novo comandante das forças dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão, general Stanley McChrystal, ainda está completando sua avaliação sobre a situação.

"O que eu e o secretário de Defesa [americano, Robert Gates] lhe dissemos foi que avaliasse onde nos encontramos e nos falasse do que precisa", explicou Mullen.

O almirante afirmou que a situação no país precisa ser revertida nos próximos 12 a 18 meses. Mas Mullen não disse se mais tropas americanas serão necessárias para estabilizar o Afeganistão.

Em sua opinião, os EUA precisarão investir vários anos para garantir a segurança no Afeganistão e preparar as forças do país para que a mantenham.

A última pesquisa conjunta do jornal "The Washington Post" e da rede de televisão ABC mostra que a maioria dos americanos acha que a guerra no Afeganistão não vale a pena e apenas 25% pensam que seria preciso enviar mais tropas ao país asiático.

Com Efe, Reuters e Associated Press

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