Com 75 mortes, Bagdá vive dia mais violento desde saída americana


da Folha Online

Explosões aparentemente coordenadas mataram ao menos 75 pessoas e feriram mais de 300 em Bagdá, nesta quarta-feira. É o dia mais violento da capital do Iraque desde que as tropas dos Estados Unidos deixaram os centros urbanos do país, em junho passado --sua retirada completa precisa ocorrer até 2012, conforme acordo.

Os ataques começaram pouco após as 10h (4h em Brasília) e atingiram primeiro uma base conjunta da polícia e do Exército iraquianos próxima do Ministério de Finanças, no norte de Bagdá. Um soldado iraquianos e dois civis morreram.

Dez minutos mais tarde, houve mais um ataque perto do Ministério das Relações Exteriores. Imagens de TVs locais mostraram que uma das explosões foi tão próxima do Parlamento do país que destruiu as janelas. Funcionários do governo disseram que essa segunda explosão, promovida por um carro-bomba, foi a que fez mais vítimas --quase 60. O prédio, que possui dez andares, ficou bastante danificado, e mais de dez carros ficaram destruídos.

Na sequência, mais cinco explosões, a maioria com carros-bomba, atingiu diferentes pontos de Bagdá, matando ao menos mais oito pessoas e ferindo dezenas. No oeste da capital, um carro-bomba explodiu em uma área comercial, em Bayaii, e matou ao menos duas pessoas e feriu mais 16. No distrito de Karrada, perto do escritório da Reuters na cidade, também houve explosões, com destruição de portas e de janelas.

No distrito de Bab al Muadham, mais uma bomba matou seis pessoas e feriu 24, conforme as autoridades iraquianas.

Um funcionário do Ministério de Relações Exteriores afirmou, em entrevista à agência de notícias Reuters, que presenciou o momento em que as janelas do prédio se quebraram, atingindo as pessoas, e que viu colegas, jornalistas e guardas entre os mortos, porém as forças de segurança ainda não confirmaram a identidade de nenhuma vítima.

Somente neste mês, sem os ataques desta quarta-feira, mais de 200 pessoas foram mortas e centenas foram feridas no país, gerando preocupações sobre as chances de as forças de segurança iraquianas conterem os insurgentes após a retirada total das tropas americanas.

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