O jorro verborrágico do pré-sal só vai se converter em petróleo lá por 2015, 2020.
Mas, embora ainda guardado nas profundezas, o óleo já tem mil e uma serventias.
Serve para derramar sobre a biografia de Lula o título de D. Pedro pós-pós.
Ajuda a untar as engrenagens da candidatura presidencial de Dilma Rousseff.
E, nesta segunda (7), serviu também como justificativa para um megadispêndio.
Reunido com o colega francês Nicolas Sarkozy, Lula fechou um negócio militar.
O Brasil comprou da França cinco submarinos e 50 helicópteros –R$ 22,5 bilhões.
Firmou-se também um pré-acordo para a aquisição de 36 caças do tipo Rafale. Negócio estimado em algo em torno de R$ 7 bilhões e T$ 10 bilhões.
Ao justificar as aquisições, Lula referiu-se à necessidade de proteger a fronteira.
Mencionou a Amazônia e –tcham, tcham, tcham, tcham— o pré-sal.
"Deve sempre passar pela nossa cabeça a ideia de que o petróleo já foi motivo de muitas guerras, muitos conflitos. Não queremos nem guerra nem conflito...”
“...O Brasil vê oportunidade do pré-sal como oportunidade de, daqui a 10 ou 15 anos, se transformar em grande economia mundial".
Durante a passagem por Brasília, Sarkozy parecia intimamente afinado com Lula.
Produziram poses descontraídas. Veja o "pas de deux" psicodélico da foto lá do alto, clicada na rampa do Alvorada.
Na parada de 7 de Setembro, Sarkozy chamou mais atenção do que o desfile militar.
Mulher do presidente do STF, Gilmar Mendes, Guiomar parecia extasiada com a companhia.
A troca de olhares chamou a atenção das sempre atentas lentes do repórter Lula Marques (veja na sequência abaixo. Guiomar veste branco).
Lula Marques/Folha


Lula suou em bicas. Sarkozy divertiu-se com o esforço de Marisa Letícia para secar as gotas que saltavam dos poros do marido.
A cena foi captada, de novo, pela objetiva de Lula Marques, o xará do presidente.
Lula Marques/Folha


Depois fazer barba, cabelo e bigode, Sarkozy ofereceu um mimo retórico a Lula.
Declarou-se a favor da velha pretensão brasileira de obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Natural. Com um contato bilionário no bolso, defenderia até a inclusão de Lula no ranking dos homens mais belos e elegantes do planeta.
Sarkozy permitiu-se pronunciar uma única queixa. Frustrara-se com o cardápio do jantar da véspera.
“A única promessa que ele [Lula] não me cumpriu foi oferecer um churrasco”.
A picanha chegou a ser levada ao espeto. Quando Lula chegou ao Alvorada, às 20h30 de domingo (6), estava quase no ponto.
O diabo é que o vidro temperado que protegia as laterais da churrasqueira do Alvorada estourou. “Eu não podia servir churrasco com vidro”, Lula justificou.
Por sorte, Marisa mandara preparar uma moqueca capixaba com feijão tropeiro. E Sarkozy teve de se contentar com a peixada.
Elogiou especialmente o feijão. "Fico feliz que o presidente Sarkozy gostou muito do tropeiro. Significa que ele está se sentindo em casa", Lula festejou.
blog do josias

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