Jornalista diz que ficou com medo de incêndio e tsunami depois de terremoto no Chile


da Folha Online

A jornalista brasileira Mariane Pimentel Gusan, 25, conta que teve medo de que houvesse um tsunami e um incêndio depois do terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado. "Sai de casa por volta das 3h40 com medo de tsunami e fui para a parte mais alta da cidade", afirma a jornalista que mora na cidade litorânea de Viña del Mar, a 100 quilômetros de Santiago.

Segundo ela, não houve desabamentos na área onde estava. A jornalista, que trabalha como analista em uma empresa no país, que não conhece alguém que se machucou.

Gusan afirma que voltou para casa na manhã deste sábado. De acordo com ela, há alguns incêndios na região porque houve rompimentos de encanamentos de gás.

"Em caso de tremor a gente sempre espera que passe rápido, mas demorou bastante. Os vidros começaram a quebrar e depois do terremoto as pessoas todas foram as ruas."

Ela informa que a água, a energia e o telefone fixo já voltaram a funcionar na cidade onde mora. "A recomendação é se movimentar pouco por aqui."

Estado de catástrofe

O terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado matou ao menos 85 pessoas. A presidente do pais, Michelle Bachele, decretou estado de catástrofe e determinou que as regiões litorâneas e ilhas fossem desocupadas, como a de Páscoa.

Há relatos de que um tsunami tenha atingido a ilha de Juan Fernandez. Também há informações de incêndios causados por vazamentos de gás devido o rompimento da tubulação. O fogo atingiu a Universidade de Concepción --localizada perto do epicentro do terremoto.

Após o terremoto, moradores de várias regiões do Chile ficaram sem luz, água e serviços de telefonia.

O aeroporto internacional de Santiago ficará fechado por ao menos 24 horas, o que dificulta a entrada e saída de estrangeiros do país.

O tremor foi o maior no país em 25 anos. Antes dele, o pior havia sido o de março de 1985, que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades.

Um alerta de tsunami foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, Costa Rica, Antártida e região do Pacífico.

Com agências internacionais

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