Reino Unido reconhece risco de ataque nuclear da Al Qaeda, diz jornal

da Efe, em Londres (Reino Unido)
da Folha Online

Um relatório do governo do Reino Unido, citado na edição desta terça-feira do jornal "The Daily Telegraph", aponta um risco crescente de um ataque com bomba nuclear da rede terrorista Al Qaeda.

O documento, segundo o jornal, aponta que fabricantes de bomba da Al Qaeda, sediados no Afeganistão, teriam construído a "bomba suja" através de conhecimentos adquiridos na internet.

Alastair Grant-09dez.09/AP
Vista do rio Tâmisa, ao lado Palácio de Westminster, em Londres (Inglaterra); governo teme ataque nuclear da Al Qaeda
Vista do rio Tâmisa, ao lado Palácio de Westminster, em Londres (Inglaterra); governo teme ataque nuclear da Al Qaeda
O relatório, ainda segundo o jornal, aponta que alguns terroristas poderiam transportar uma bomba nuclear de fabricação caseira pelo rio Tâmisa para fazê-lo explodir no centro de Londres. A lista de cidades vulneráveis inclui ainda Bristol, Liverpool, Glasgow, Newcastle e Belfast.
O ministro de Segurança, Lord West, também destaca a possibilidade de um ataque similar aos de Mumbai, na Índia, em novembro 2008, quando um grupo de terroristas chegou na cidade pelo porto e deixou ao menos 160 mortos.
A ameaça seria resultado de um aumento constatado no tráfico de material radioativo. A Agência Internacional de Energia Atômica registrou 1.562 incidentes com perda ou roubo de material nuclear entre 1993 e 2008. A maioria ocorreu na antiga União Soviética e 65% do material nunca foi recuperado.

O governo diz estar tão preocupado com a ameaça que vai criar um centro de comando para investigar os navios que despertem suspeitas.

A polícia e os bombeiros ganharam equipamento extra para detectar ataques potenciais e mais membros do Exército foram treinados para desarmar bombas nucleares.

O governo criou ainda unidades móveis de detecção de radiação para verificar veículos e passageiros que chegam nos portos.

As autoridades britânicas elevaram o nível de alerta para "severo" em janeiro, depois do atentado fracassado contra um avião que voava de Amsterdã a Detroit (EUA), no dia de Natal de 2009.

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