ONU elogia nova política nuclear do governo americano


da Efe


O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, elogiou a nova política de defesa nuclear adotada pelos Estados Unidos, anunciada hoje pelo presidente americano, Barack Obama. De acordo com a organização, a mudança na política dos EUA reflete o compromisso do país com "um mundo sem armas nucleares".

A mudança na estratégia nuclear de Washington, divulgada antes da assinatura em Praga de um novo tratado de redução de armamento atômico com a Rússia, é uma iniciativa "oportuna", disse a porta-voz da ONU, Marie Okabe.

O secretário-geral Ban Ki-moon "espera que [as novas políticas] sirvam para manter o impulso positivo frente à próxima cúpula sobre segurança nuclear e à conferência de revisão do Tratado de Não-Proliferação (TNP)".

Além disso, a porta-voz assegurou que Ban confia que a liderança dos EUA, em cooperação com outras potências nucleares, consiga reduzir e eliminar o papel do armamento nuclear nas políticas de segurança, o que "contribuiria com o desarmamento e a não-proliferação".

A nova estratégia nuclear americana estabelece, entre outras coisas, que os EUA renunciarão a ameaçar ou a atacar com armas nucleares países que respeitem seus compromissos dentro do TNP, o que exclui o Irã e a Coreia do Norte.

Essa renúncia se estenderá inclusive se esses países atacarem os EUA com armas químicas ou biológicas, apesar de ser reservado o direito de modificar essa política na medida em que cresça o "potencial catastrófico" dos possíveis ataques.

Em comunicado após a publicação do relatório, Obama assegurou que a nova estratégia reconhece que a maior ameaça "já não é uma troca nuclear entre países, mas o terrorismo nuclear e a proliferação".

O presidente dos EUA, que fez da luta contra a proliferação nuclear um dos pilares de sua política externa, assegurou que a nova estratégia representa "um passo significativo" para tornar realidade sua proposta de um mundo sem armas nucleares, apresentada em Praga há um ano.

Obama viajará na quarta-feira à capital tcheca para assinar com o presidente russo, Dmitri Medvedev, um novo tratado de redução de armamento atômico que substituirá o START, de 1991, que expirou em dezembro de 2009.

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