França localiza área onde estão caixas-pretas do voo 447, mas não garante recuperação

AFP


O Ministério da Defesa da França anunciou nesta quinta-feira (6) que equipes localizaram a área onde estão as caixas-pretas do Airbus A330 da Air France que fazia o voo Rio-Paris e caiu em 1º de junho de 2009 no oceano Atlântico, matando os 228 ocupantes. O governo explicou, no entanto, que isso não significa que os equipamentos possam ser recuperados. 

O general Christian Baptiste, porta-voz adjunto do ministério da Defesa, disse que os especialistas da Marinha francesa puderam determinar uma área de buscas de cerca de cinco quilômetros quilômetros quadrados. 

- Isto não significa que vamos encontrar as caixas-pretas, porque elas já não emitem sinal e porque a zona em que se encontram é muito acidentada. 

Uma fonte do Escritório de Investigações e Análises (BEA), responsável pelas investigações técnicas da tragédia do voo AF447, afirmou que a informação precisa ser "verificada e validada pelas equipes que estão na zona de busca". 

- Ao que parece, o Ministério da Defesa trabalhou com imagens obtidas durante a primeira etapa das buscas, quando os registros de voo ainda emitiam um sinal. 

De acordo com o BEA, esses registros devem ter sido obtidos entre o início de junho e meados de julho de 2009. As caixas-pretas, que contêm as informações técnicas e as últimas conversas da tripulação, emitem sinais durante até 42 dias. 

Até o momento, o escritório considera que o mau funcionamento das sondas Pitot (sensores de velocidade) do avião foi um dos fatores que causaram o acidente, mas o órgão diz que as caixas-pretas são essenciais para determinar o que levou à tragédia. 

Em seu site oficial, o BEA informou que a tentativa de recuperação das caixas-pretas será feita “o mais rápido possível” e que a Airbus e a Air France irão financiar essa nova fase dos trabalhos, cedendo R$ 3,4 millhões (1,5 milhão de euros) cada. A expectativa é que as gravações estejam localizadas em uma das três posições recentemente cogitadas (veja imagem abaixo): a noroeste da última posição conhecida do avião (1); em uma zona já pesquisada, mas de terreno muito acidentado (2); ou em uma área retangular, definida por um esforço científico (3). 

A conclusão desta nova fase das buscas está estimada para o dia 25 de maio, a seis dias do aniversário de um ano do acidente, o maior da Air France em 75 anos de operação. Em 2009, as primeiras buscas por destroços e pelas caixas-pretas duraram três meses, mas sem sucesso.

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