Sobe para 41 total de mortes causadas pelas chuvas em AL e PE


LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO
Subiu para 41 o total de mortes provocadas pelos temporais nos Estados de Alagoas e Pernambuco. A Defesa Civil alagoana informou hoje que foram encontrados mais três corpos, elevando de 26 para 29 o número de vítimas fatais. Em Pernambuco, 12 pessoas morreram.
Cerca de 115 mil pessoas tiveram que deixar suas casas em razão das enchentes. De acordo com a Defesa Civil dos Estados, o total de casas destruídas ultrapassa 17 mil.
O último balanço divulgado pelo Governo de Pernambuco informa que o número de cidades em situação de emergência passou de 13 para 30 e outras nove cidades estão em estado de calamidade pública. Ao todo, 54 municípios foram afetados.
Além disso, o Estado registra ainda mais de 40 mil pessoas fora de suas casas em decorrência dos temporais, sendo 24.552 desalojadas --estão em casas de amigos e parentes-- e 17.800 desabrigadas, ou seja, dependem de abrigos públicos.
Já em Alagoas, o último balanço fornecido pela Defesa Civil, na noite de ontem, apontava mais de 80 mil pessoas fora de suas casas --26 mil desabrigadas e cerca de 54 mil desalojadas. Ao todo, 21 cidades foram afetadas, sendo que 17 decretaram estado de emergência e 15 de calamidade pública.
Alagoas possui ainda 607 pessoas desaparecidas, sendo 500 só no município de União dos Palmares. As chuvas em Alagoas também causaram danos ao sistema de abastecimento de água de diversas cidades.
Daniel Marenco/Folhapress
Branquinha (AL) destruído pelas chuvas. Bombeiros comparam estragos a de um tsunami
Branquinha (AL) destruído pelas chuvas. Bombeiros comparam estragos a de um tsunami
Tsunami
Bombeiros comparam o estrago nas cidades a um causado por um tsunami. Desde sexta-feira, várias cidades estão sem água e energia elétrica. Trinta e oito pessoas morreram em Alagoas e Pernambuco.
"Perdi tudo de uma hora para outra", disse o servente de pedreiro Nelito Ribeiro de Sousa, 32, morador de União dos Palmares (62 mil habitantes, 80 km de Alagoas). "A água veio rápido, derrubando casa por casa."
Em União dos Palmares, nas escolas transformadas em abrigos para flagelados, famílias dividem pequenos espaços delimitados por sucata e carteiras escolares. Sobre colchões úmidos e sujos de lama, crianças e cachorros dormem lado a lado.
Segundo a médica Angela Auto, crianças apresentam diarreia, e a gripe começa a se disseminar entre elas. Ela teme também que as águas espalhem lepstospirose.
O governo federal deve definir hoje o valor que será repassado emergencialmente para ajudar os Estados de Alagoas e Pernambuco no enfrentamento das enchentes.
Editoria de Arte/Folhapress

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