2012 um novo cenário para o fim do mundo


Para quem assistiu – e se impressionou – com o filme 2012, do diretor Roland Emmerich, o livro 2012, a História é um mergulho certeiro naquilo que o roteiro cinematográfico apenas tangenciou. E, para quem deixou de impregnar-se dos aspectos pouco científicos do filme-catástrofe, a obra de John Major Jenkins que a Larousse lança no Brasil é uma oportunidade única de tomar conhecimento da sabedoria e antevisão dos antigos maias – civilização que ocupou a América Central entre o séculos XX a.c. e X da nossa era.

Jenkis é um pesquisador independente da cultura maia e há três décadas tem-se dedicado a investigar, interpretar e reconstruir a cosmologia e filosofia desse povo. Ele já escreveu nove livros sobre o tema e em 2012, a História preocupa-se academicamente em destronar mitos e teorias pseudocientíficas que se apropriaram do legado maia para, “baseadas no medo e no marketing alarmista, criar questionáveis cenários de fim do mundo”.

“Há evidências zero de que os maias tenham previsto o fim do mundo em 2012”, diz Jenkins. O cientista assegura, ainda, que o calendário maia não acaba em 2012 e o que há são interpretações errôneas sobre os ciclos de tempo estimados por eles. Em 2012, a História Jenkins mostra que esta civilização pré-colombiana conseguiu prever com exatidão o alinhamento do sol no solstício com a Via Láctea em dezembro de 2012 e que este raro fenômeno cósmico não é a data do fim do mundo, mas, ao contrário, uma possibilidade de renovação.

“O mundo precisa passar por uma reviravolta, revertendo os valores de uma ética dominadora egoísta para estratégias de colaboração que eram o ideal das sociedades indígenas”, prega Jenkins. E é assim, juntando ciência, filosofia e messianismo que 2012, a História chega mais próximo que qualquer outra obra de decifrar, através do calendário maia, o real significado da data de 21 de dezembro de 2012 e o que ela, de fato, pode representar.


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