Aumenta a violência contra crianças acusadas de feitiçaria na África, diz Unicef

Mary Harper
BBC News



Crianças albinas são vulneráveis aos abusos
O número de denúncias de abusos cometidos contra crianças acusadas de bruxaria está aumentando na África subsaariana, diz o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O fundo diz que crianças, especialmente entre 8 e 14 anos, vêm sendo queimadas, espancadas ou até mortas como punição.
Os grupos mais vulneráveis são crianças de rua, albinos e portadores de deficiência, segundo um novo relatório.
A agência diz que o aumento no número de casos estaria ligado a maior urbanização e recentes guerras no continente.
Outro fator seria o custo crescente para criar crianças, segundo a Unicef.
Exorcistas
Crianças têm gasolina colocada sobre seus olhos e ouvidos como forma de exorcisar "espíritos malignos" que curandeiros alegam os estar possuindo.
O problema estaria sendo aumentado também pelo aumento no número de pessoas que cobram para praticar exorcismos. Há relatos de um homem preso na Nigéria após cobrar mais de US$ 250 por cada procedimento.
A Unicef diz que a bruxaria infantil é um fenômeno relativamente novo na África. Até 10 ou 20 anos atrás, mulheres e cidadãos idosos costumavam ser os acusados.
A agência diz que não tenta erradicar a prática mas alerta que violência contra crianças é errado.

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