Custo da guerra ao terrorismo supera US$ 1 trilhão, diz relatório


DE SÃO PAULO

Os custos das operações militares realizadas pelos Estados Unidos desde os ataques de 11 de Setembro, na chamada guerra ao terrorismo, já superam US$ 1 trilhão (R$ 1,78 trilhão), segundo um relatório do Serviço de Pesquisas do Congresso americano.

Ajustado à inflação, os custos das guerras no Afeganistão, no Iraque e em outros lugares do mundo chegam a US$ 1,15 trilhão (R$ 2 trilhões). O valor perde apenas para os US$ 4,1 trilhões (R$ 7,3 trilhões) gastos na Segunda Guerra (1939-1945).

A comparação foi feita no relatório "Custo das Principais Guerras dos EUA", que tenta avaliar os custos das guerras ao longo de mais de 230 anos, desde a Revolução Americana até a atualidade.

O próprio autor do documento, Stephen Daggett, ressalta que a comparação em um período de tempo tão grande, quando a moeda americana sofreu grandes mudanças de valor, "é problemática".

O valor considerado na época da Segunda Guerra, por exemplo é de US$ 296 bilhões --36% do PIB americano. Já o US$ 1,15 trilhão da guerra contra o terrorismo representa 1% do PIB dos EUA atual.

"Um problema é separar o custo das operações militares dos custos das forças em tempos de paz. Nos últimos anos, o Departamento de Defesa tentou identificar as despesas adicionais de engajar em operações militares, acima dos custos de manter operações militares rotineiras", explica o relatório.

"Os números são problemáticos também por causa das dificuldades de comparar preços de uma era completamente diferente para outra. Talvez um problema mais significativo é que a guerra fica mais cara ao longo do tempo pelo custo da tecnologia e sofisticação, tanto das atividades militares quanto civis", completa.

Em 2007, um orçamento do Congresso americano feito em 2007 estimava que o custo das guerras no Iraque e Afeganistão ficariam em US$ 2,4 trilhões até 2017, mais do que o dobro do valor total.

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