MP encontra instalações razoáveis no Juliano Moreira, mas autoriza novas inspeções

MP encontra instalações razoáveis no Juliano Moreira, mas autoriza novas inspeções
"As instalações do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira estão bem razoáveis". A afirmação da Promotora de Saúde, Maria das Graças, ocorreu ao fim da inspeção à unidade realizada na tarde desta quarta-feira, dia 21.

É bem verdade que a inspeção do Ministério Público, juntamente com representantes da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Regional de Medicina da Paraíba, foi anunciada ontem, depois que denúncias de estupro e agressões aos pacientes da unidade psiquiátrica foram divulgadas pela imprensa paraibana.

Maria das Graças, entretanto, fez questão de esclarecer que a inspeção de hoje não era de fiscalização, mas sim uma oportunidade de comunicar a diretoria do hospital sobre a abertura de processo administrativo para investigar as denúnicas, que de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde surgiram na última quinta-feira, dia 15.

O secretário José Maria França informou que dois jornalistas teriam recebido uma carta que apontava diversas irregularidades, entre elas, pacientes sofrendo abuso, funcionários trabalhando sob efeito de álcool e até desvio de medicamentos. A secretaria foi acionada, mas desconfiou das denúncias por vários aspectos. A funcionária acusada de desviar medicamentos, citada na tal carta, por exemplo, não trabalha no setor responsável e não tem acesso aos mesmos. Mesmo assim, uma inspeção surpresa foi realizada pelo núcleo de Assistência Hospitalar. Foi constatada a necessidade de alguns reparos na estrutura, a falta de roupa para pacientes e também a necessidade da contratação de mais funcionários.

As irregularidades foram passadas para o secretário. Ele determinou que todos os reparos possíveis fossem realizados.

Durante a inspeção desta quarta-feira, funcionários do complexo relataram certa insegurança diante de dez internos que estão no local para o tratamento de dependência química. Para sanar o problema, José Maria França determinou a transferência do grupo para o antigo Hospital Dia, que é um anexo do complexo psiquiátrico.

O MP pediu que cada um dos conselhos que estiveram na inspeção de hoje, entre eles, o de medicina e o de farmácia, enviasse relatórios sobre o local e suas condições de atendimento até o próximo dia 10 de agosto. Todos os órgãos envolvidos terão autonomia para realizar inspeções surpresas no Juliano Moreira e, a partir destas, tirar suas conclusões.

Só diante de todos os relatórios, inclusive o de própria autoria, o Ministério Público divulgará seu parecer.


O Norte

0 comentários:

Postar um comentário