Vice de Serra insinua elo do PT com Comando Vermelho


O deputado Indio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB), ligou indiretamente ontem o Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio, ao PT.

A declaração aumenta a polêmica criada por ele no fim de semana ao acusar o partido de ligação com as Farc e com o narcotráfico.

Indio, que acompanhou Serra em visita ao Rio, afirmou existirem "vários indícios de ligação do Comando Vermelho com as Farc".

"A gente vive aqui no Rio de Janeiro, no meio de uma guerrilha urbana alucinada por conta do narcotráfico. Veja só: PT e as Farc. As Farc e o narcotráfico. O narcotráfico e o Rio de Janeiro, o Comando Vermelho, com indícios muito claros de relacionamento. Agora ela [Dilma] tem que dizer o que ela acha. Se ela acha que tem problema ou não essa relação."
O vice de Serra disse considerar "ridículos" os processos que o PT pretende mover.

Referindo-se à candidata petista, Indio citou a quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge. "Será que ela acha que é legal e merece respeito quebrar o sigilo bancário e fiscal contra um cidadão?"

Seguindo a estratégia de preservar Serra de discussões, Indio disse ainda que gostaria de saber o que Dilma acha da "pressão" que sua campanha estaria fazendo sobre a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, autora de ações contra Lula por campanha antecipada.

Indio negou ter sido repreendido por tucanos dentro da campanha por suas declarações. "Entrei na política para falar o que eu penso."

NOVA AÇÃO

O PT entrou nesta quarta-feira com uma ação na 13ª Vara de Justiça do DF por danos morais contra o PSDB e Indio pelas declarações ligando o partido às Farc e ao narcotráfico. A legenda pede R$ 40 mil por difamação.

O partido solicita ainda que a decisão, se favorável, seja reproduzida no Twitter e no site Mobiliza PSDB, que divulgou a entrevista. Para o PT, o PSDB deve responder criminalmente pelas acusações do vice porque "foi conivente".

A legenda já havia ingressado na segunda-feira com uma ação no STF por crime contra honra e na Justiça Eleitoral com um pedido de resposta.

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