Entidades da sociedade civil organizada reativam movimento Fora Collor em Alagoas

Entidades da sociedade civil organizada reativam movimento Fora Collor em Alagoas
Entidades da sociedade civil organizada estão sendo convocadas pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) para participar de uma reunião na tarde desta segunda-feira, 2, que tem como objetivo reativar o movimento “Fora Collor”. A reunião está marcada para 15 horas no auditório do Palácio do Trabalhador, no centro de Maceió.

Segundo o advogado Adriano Argolo, na pauta da reunião estão a organização de um ato público contra a candidatura do ex-presidente da República ao governo de Alagoas e um manifesto em solidariedade ao repórter da revista IstoÉ, Hugo Marques, que teria sido ameaçado por Collor numa ligação telefônica.

“Estamos realizando essa reunião com o objetivo de reativar o movimento ‘Fora Collor’, porque recebemos correspondências de entidades de vários estados repudiando a forma truculenta de fazer campanha do senador Collor. Por isso, estamos pensando também em encaminhar ao Congresso Nacional, por meio de algum partido político, uma representação contra o senador por quebra de decoro parlamentar, já que não é na base da ameaça e da intimidação que um político deve se dirigir a um jornalista”, acrescentou Argolo.

Histórico -  O movimento “Fora Collor” foi articulado por entidades estudantis e organizações não-governamentais em 1992, quando milhares de brasileiros saíram às ruas em passeatas pedindo a saída do poder do então presidente da República.

A manifestação contra Collor foi fruto da indignação popular em relação aos indícios de corrupção, ao congelamento das poupanças e à alta inflação. Com a comprovação do esquema de corrupção – denunciado pele empresário Pedro Collor, irmão de Fernando Collor, que já estava em fase terminal de câncer -, a sociedade indignou-se e a juventude foi às ruas pedir o impedimento do então presidente.

Os grandes movimentos foram organizados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), DCEs, centros acadêmicos e grêmios livres. As manifestações cresceram com o descontentamento popular em relação ao governo Collor.

A campanha contra Collor virou movimento de massa a partir das famosas passeatas dos caras pintadas, nas quais os populares saíam na rua com slogans contra o Governo. Daí desenvolveu-se o movimento denominado “Fora Collor”, levando a população a se manifestar contra os escândalos de corrupção, tendo como principal acusado o ex-tesoureiro Paulo César Farias, o PC Farias.

Embora tenha origem nos movimentos sociais e estudantis, o “Fora Collor” teve apoio da mídia, que foi decisivo para o desfecho com o impeachment de Collor.  

Estadão

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