PB deve registrar até o fim do ano,300 novos casos de câncer bucal, aponta pesquisa

Até o final de 2010, mais de 300 novos casos de câncer bucal serão diagnosticados no Estado da Paraíba. Trata-se do quinto caso mais comum de câncer entre pessoas do sexo masculino e o sétimo entre pessoas do sexo feminino e representa de 10 a 15% de todos os tipos de câncer registrados em território paraibano. A estimativa é do Mestrado em Odontologia da UEPB, coordenado pelo professor Gustavo Pina Godói, que também responde pelas Clínicas de Odontologia da UEPB. Os dados têm como base números levantados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

O professor alertou às pessoas que estejam com qualquer lesão na boca, a procurarem imediatamente as Clínicas Odontológicas, localizadas no Campus Universitário da Universidade Estadual da Paraíba, no bairro de Bodocongó, em Campina Grande. “As lesões bucais podem ser químicas, físicas e biológicas e neoplasias malignas, os chamados tumores”, salientou o professor Gustavo. Segundo ele, uma prótese mal colocada, por exemplo, pode originar uma lesão, que futuramente evolua para um câncer se não for diagnosticada e tratada o mais rápido possível. 

As lesões malignas são diagnosticadas nas Clínicas e encaminhadas para o tratamento no Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP). Todavia, as lesões não malignas são tratadas e se for necessária cirurgia, ela pode ser feita nas clínicas da Universidade. O atendimento a esses casos é disponibilizado todas as segundas-feiras, a partir das 8h. 

Para prevenir o câncer bucal, o professor Gustavo Pina lembrou da necessidade de fazer o auto-exame. Segundo ele, trata-se de uma técnica simples que a pessoa pode efetuar, bastando que tenha um espelho e esteja num ambiente bem iluminado. A finalidade deste exame é identificar lesões precursoras do câncer de boca, uma doença curável se tratada no início. 



Atendimento ambulatorial 

Além de cirurgias de lesões bucais não malignas, as quatro Clínicas do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba funcionam simultaneamente, cada uma com 30 estudantes e de três a quatro professores atuando na condição de supervisores. A partir do 3º ano de graduação, os alunos já podem estagiar nas Clínicas. No período inicial, eles procedem com atividades como restauração e extração. Já no final do curso estão em condições de fazer até prótese. 

Para o atendimento ambulatorial, que assim como o cirúrgico, é custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os interessados devem fazer a marcação com 30 dias de antecedência em média, devido à grande procura por atendimento. As clínicas atendem a comunidade de Campina Grande e de outras cidades paraibanas. 

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