Os soldados de Israel estavam no lado israelense da fronteira com o Líbano quando entraram na terça-feira em confronto com militares libaneses, disse nesta quarta-feira um porta-voz das Forças de Paz da ONU na região, a Unifil.
O Líbano disse que os soldados israelenses invadiram seu território, o que teria levado ao início dos choques que mataram três soldados libaneses e um jornalista do país, além de um militar israelense. Israel vinha negando a acusação libanesa.
Segundo a Unifil, quando houve o tiroteio, os soldados de Israel estavam podando uma árvore que ficava no lado israelense da fronteira, o que também é diferente do alegado pelas forças libanesas.
"A Unifil estabeleceu que a árvore que estava sendo cortada pelo Exército israelense estava abaixo da Linha Azul (fronteira internacionalmente reconhecida entre os dois países), do lado de Israel", disse um comunicado da entidade.
ONU
A Unifil disse que o governo libanês teria algumas "reservas" a respeito da Linha Azul nessa área, mas que ambos os lados se comprometeram em obedecer as decisões da ONU a respeito.
Israel elogiou a declaração da Unifil, dizendo que ela ratifica sua versão do ocorrido.
Na terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU expressou "profunda preocupação" com o incidente e pediu calma aos dois lados.
Por sua vez, o líder do Hezbollah disse que, se ocorressem mais choques na fronteira, o grupo militante libanês entraria no conflito.
O tiroteio foi o pior incidente de violência entre israelenses e libaneses desde 2006, quando as forças de Israel lançaram uma ofensiva contra o Hezbollah no Líbano.
BBCbrasil
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