Vítima de superbactéria na Bélgica contraiu doença no Paquistão


DA FRANCE PRESSE

Um morador de Bruxelas morreu em junho depois de voltar do Paquistão, seu país de origem, onde havia sido infectado por uma bactéria resistente a quase todos os antibióticos, indicou nesta sexta-feira (13) um funcionário do hospital belga onde foi tratado.

Esse caso foi detectado na Bélgica em junho, afirmou Denis Piérard, microbiologista do hospital universitário AZ VUB, citado pela imprensa belga.

"Trata-se de um paciente diabético que morava em Bruxelas. Durante a viagem ao Paquistão, ele foi vítima de um acidente de carro. Depois de ter sido hospitalizado no local com um grande ferimento na perna, ele foi repatriado em seguida para a Bélgica, mas seu estado já era séptico", explicou.
Apesar da administração de colistina, um potente antibiótico, o paciente morreu, disse o médico.

Um segundo caso também foi registrado este ano na Bélgica, segundo um microbiologista da Universidade de Louvain, Youri Glupczynski, entrevistado pela rede de televisão belga RTBF.
A superbactéria considerada a causadora dessas mortes, que produz uma enzima batizada "metalo-betalactamase 1 de Nova Délhi" (NDM-1, em inglês), foi identificada pela primeira vez em 2009 em um paciente sueco hospitalizado na Índia.

Segundo um estudo divulgado esta semana pela revista britânica "The Lancet", pesquisadores também identificaram a bactéria em 37 pacientes no Reino Unido, incluindo alguns que haviam viajado à Índia ou ao Paquistão para serem submetidos a uma cirurgia estética. Três australianos que tinham viajado para a Índia também foram infectados, suscitando temores de uma propagação mundial.

A NDM-1 resiste a quase todos os tipos de antibióticos, incluindo os carbapenemos, geralmente reservados para situações de emergência e ao tratamento de infecções multirresistentes.

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