Fritzl do Maranhão’ está entre as vítimas de rebelião

O lavrador José Agostinho Bispo Pereira, conhecido como "Fritzl do Maranhão", está entre os seis mortos na rebelião na carceragem da delegacia de Pinheiro, região norte do Estado. A informação foi confirmada em nota pelo governo do Maranhão.

José Agostinho foi preso em junho do ano passado, acusado de ter relações sexuais com a filha ao longo de 17 anos e gerar sete filhos-netos com ela, em uma ilha onde moravam isolados próximo a Pinheiro. Uma outra filha, mais velha, também teve um filho com o próprio pai, conforme apontaram exames de DNA. Um laudo pericial apontou que uma das filhas-netas, de 5 anos, também foi abusada. Em dezembro, o lavrador foi condenado a 63 anos de prisão.

Além de José Agostinho, outros cinco detentos - em sua maioria envolvidos em casos de pedofilia ¿ morreram no motim, iniciado por volta das 23h de ontem. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP), o movimento começou após uma tentativa frustrada de fuga. Entre as reivindicações dos rebelados está o fornecimento de comida caseira, já que a maioria dos presos são residentes em Pinheiro e querem receber comida de seus familiares.

Foram deslocados para as negociações no local o secretário adjunto de Inteligência da SSP, Laércio Costa, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Franklin Pacheco, e o superintendente de Polícia Civil do Interior, Jair Lima de Paiva. Eles estão acompanhados de um juiz e dois promotores de Justiça da comarca de Pinheiro, além de um pastor que foi solicitado pelos presos.

Policiais Militares do Batalhão de Choque e uma equipe do Grupo Tático Aéreo (GTA) também foram destacados para o município desde a madrugada e já cercaram toda a área em torno da delegacia, segundo a SSP.

Segundo a Polícia Militar, os presos reclamam da superlotação da carceragem - a delegacia tem 97 presos, quando a capacidade seria de apenas 35 vagas. De acordo com a secretaria, está em trâmite processual a construção de uma unidade prisional no município, em convênio entre o governo do Estado e o Departamento Penitenciário do Ministério de Justiça. O novo presídio, que deve ter suas obras iniciadas nos próximos meses, terá capacidade para 396 detentos.

TERRA

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