Governo planeja ações para combater violência nas escolas


Ao centro CEL. Castro - CPRM da Grande João Pessoa

O Governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria de Estado da Educação (SEE), pretende criar um Plano de Enfrentamento à violência nas escolas, que pretende discutir, prevenir e combater a violência dentro do ambiente escolar. Uma comissão formada por representantes da Polícia Militar e das Secretarias de Estado da Educação e da Segurança Pública, de Desenvolvimento Humano e da Mulher e Diversidade Humana, reuniram-se na manhã desta terça-feira (12), nas dependências da SEE, no Centro Administrativo, em João Pessoa.

O tema, que segundo a secretária Executiva de Educação Márcia Lucena, já vem sendo discutido antes mesmo do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na última quinta-feira (7), onde um ex-aluno armado matou 12 estudantes, nas dependências da escola. Segundo Márcia Lucena, desde o início da gestão Ricardo Coutinho, a pasta vem buscando ações que possam coibir a violência nas escolas.

De acordo com a secretária, será criada uma comissão permanente com a participação de representantes de várias esferas do Governo Estadual. Esta comissão deverá compor o Plano Estadual de Enfrentamento à violência na escola, para acompanhar e apontar os caminhos da política que traduzam a intenção do Governo de coibir ações violentas no ambiente escolar.

“Já nos antecipamos à discussão da violência nas escolas bem antes da tragédia no Rio de Janeiro. Pretendemos expandir nossas ações e por isso mesmo, buscamos aliados. Estamos estudando uma forma de abordar, dentro do currículo escolar, um diálogo sobre o enfrentamento à violência, investindo em cidadania, esporte e lazer”, ressaltou Márcia Lucena.

Ações sociais – A secretária Estadual de Desenvolvimento Humano, professora Cida Ramos, em parceria com Gilberta Santos Soares, secretária-executiva da Secretaria do Estado da Mulher e da Diversidade Humana, argumenta que a solução não é tornar a escola um ambiente repressor, cercado de policiais. Para ela, é preciso estabelecer um diálogo com os jovens para que eles não enxerguem na violência a única forma de resolução dos problemas.

“Precisamos investir em projetos de prevenção à violência, seja ela moral, verbal ou física. Mas não podemos nos esquecer que não é só o aluno que precisa de ajuda. A escola também precisa do apoio da sociedade. Ela não está preparada para responder pela família. A violência está na escola como um todo, seja no aluno, no professor, na merendeira. É preciso diagnosticar de onde ela vem e combatê-la”, frisou Cida Ramos.

Segurança – O delegado Geral da Polícia Civil do Estado, Dr. Severiano Pedro Nascimento Filho, também acredita na fórmula da parceria entre Governo e sociedade civil para combater ações de violência, seja na escola, ou fora dela. “Acredito nas ações de prevenção à violência. Temos uma série de problemas sociais agregados a ela e é preciso diagnosticá-los. Tudo começa a partir do embrião familiar. Temos que envolver muita gente, universidades, igrejas, ONGs, é uma ação que deve ser multidisciplinar”, salientou.

Para o chefe da divisão do Policiamento Militar Metropolitano de João Pessoa, Coronel Francisco de Assis Castro, esta parceria é fundamental, já que o efetivo da polícia militar não pode, sozinho, se responsabilizar pela segurança nas escolas. “Não basta só colocar a polícia nas ruas para resolver o problema da violência. Esse problema é de ordem social, política, emocional, dentre tantas outras. É preciso um grupo de ações conjuntas e a criação do Plano de Enfrentamento é um grande passo para o combate à violência”, completou.

Da Ascom do 7ºBPM com SECOM-PB  

0 comentários:

Postar um comentário