Marcha da Maconha é confirmada, mesmo proibida

O Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu, por meio de liminar e mandado de segurança, a Marcha da Maconha, prevista para acontecer neste sábado (22). O grupo que organiza a manifestação garante que ela será realizada mesmo diante da medida judicial. "Marcharemos pela liberdade de expressão", diz Marco Magri.
O Ministério Público entrou com pedido de liminar contra a decisão anterior que autorizava 17 pessoas a participarem do evento, previsto para as 14 horas, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. O grupo lamenta ser corriqueira a proibição do MP-SP.
Na liminar, o juiz responsável alega que "o evento que se quer coibir não trata de um debate de ideias, apenas, mas de uma manifestação de uso público coletivo de maconha, presentes indícios de práticas delitivas no ato questionado, especialmente porque, por fim, favorecem a fomentação do tráfico ilícito de drogas (crime equiparado aos hediondos)".
Os organizadores atestam ser proibido o uso de qualquer entorpecente durante a Marcha. O MP cassou também os 17 habeas corpus que o grupo tinha conseguido e impediu a liberação dos demais que haviam sido solicitados junto ao Superior Tribunal de Justiça do Estado.
Marco Magri garante que a mobilização acontecerá. No entanto, os organizadores pretendem respeitar a decisão da Justiça. As manifestações que forem consideradas ilegais serão cobertas com um pano preto. "Estão comprometendo a liberdade de expressão", explica.
A decisão do juiz leva em conta também "horário e local da realização, logradouro público e turístico, para onde podem convergir indistintamente crianças e adolescentes, o que denota imperativa a concessão da medida cautelar, para que, de pronto, sejam despendidos esforços por partes das autoridades constituídas no sentido de impedir a realização do evento e evitar possíveis danos à coletividade".

O cabaré com o Jornal do Brasil

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