Ministério Público diz que assassino de Glauco é inimputável


Carlos Eduardo Nunes, o Cadu, acusado de matar o cartunista Glauco e seu filho Raoni, é incapaz de receber pena pelos crimes que cometeu, de acordo com parecer do Ministério Público divulgado em reportagem do Fantástico, da TV Globo. No documento, a procuradora Rhayssa Rodrigues afirma que Cadu era incapaz de entender que seus atos infringiam a lei'.

A Procuradoria ainda afirma que Cadu deve permanecer internado, mas não deve ser submetido a júri popular. Entretanto, para que isso aconteça, Cadu depende da sentença do juiz federal Mateus de Freitas, responsável pelo caso em Foz do Iguaçu. Ele pode desconsiderar o parecer e decidir que Cadu vai a júri popular.

Já o advogado da família de Glauco, Ricardo Handro, diz que Cadu deveria ser condenado como criminoso comum. 'A atitude desse indivíduo não se justifica de forma alguma. Os inúmeros crimes que ele cometeu só fazem todas as pessoas terem medo de serem vítimas novamente', disse ele na entrevista exibida.

Editoria de Arte/Folhapress
O CRIME

Glauco e seu filho Raoni foram mortos na madrugada de 12 de março de 2010, quando Cadu invadiu o sítio onde a família vivia, em Osasco (Grande SP), e matou pai e filho com quatro tiros cada um.

Cadu frequentava a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco em meados dos anos 90, e que segue os rituais do Santo Daime, incluindo a ingestão do chá de ayahuasca, planta alucinógena.

Dois dias depois, ele foi preso quando atravessava a ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, em direção ao Paraguai. Durante a fuga, atirou em policiais federais e rodoviários.

Cadu foi denunciado pelos assassinatos de Glauco e Raoni, por resistência à prisão, tentativa de homicídio (três vezes), porte de arma de fogo, roubo, constrangimento ilegal, violação de domicílio e tortura (duas vezes).



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