Morre nos EUA condenado por envolvimento no caso Watergate


Colson morreu em decorrência de complicações de uma hemorragia cerebral, de acordo com comunicado da Prison Fellowship Ministries, que Colson fundou em Lansdowne, na Virginia.
Washington - Charles Colson, o assessor especial do presidente Richard Nixon que foi condenado por participar do escândalo de Watergate, morreu neste sábado. Ele era apontado como um sabotador político para o presidente Richard Nixon e, após sair da prisão, tornou-se um importante líder evangélico, dizendo que havia “nascido de novo”. Ele tinha 80 anos.
Colson morreu em decorrência de complicações de uma hemorragia cerebral, de acordo com comunicado da Prison Fellowship Ministries, que Colson fundou em Lansdowne, na Virginia. Ele havia passado por uma cirurgia no cérebro para remover um coágulo.
O ex-assessor, que foi preso após se declarar culpado de obstrução da Justiça e cumpriu sete meses de prisão, era conhecido como o "gênio maligno" da presidência de Nixon. Em uma ocasião disse que seria capaz de pisotear sua avó para garantir a reeleição do presidente. O jornal “Washington Post“ o descreveu em 1972 como "um dos assessores presidenciais mais poderosos, a quem alguns chamam de um homem que resolve problemas e outros de um 'maestro do jogo sujo'''.
Colson foi para a cadeia após se envolver no caso de Daniel Ellsberg, ex-consultor do Conselho de Segurança Nacional que vazou para o “New York Times” documentos do Pentágono com informações sobre a real situação da Guerra do Vietnã. Em julho de 1971, poucas semanas após os dados serem publicados, Colson aprovou uma idea para roubar arquivos do escritório do psiquiatra de Ellsberg. O objetivo era destruir sua imagem pública e credibilidade.
- Eu fui para a prisão, voluntariamente - disse Colson em 2005. - Eu merecia.
Após ser solto, passou boa parte do tempo pregando o Evangelho e ajudando a criar uma poderosa coalizão entre os políticos republicanos, líderes religiosos evangélicos e conservadores católicos.
o cabaré com D24am

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