Agência europeia alerta para surgimento de mais drogas sintéticas

Comprimidos de ecstasy (Foto: DEA)A agência que monitora o uso e surgimento de novas drogas na União Europeia (UE) informou ter descoberto 72 novas drogas sintéticas no bloco em 2012 e alertou que esses novos entorpecentes, ainda não proibidos pela legislação europeia, estão surgindo com cada vez mais frequência na região.
A informação consta do relatório anual do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, divulgado na terça-feira em sua sede em Lisboa, que ressaltou que apenas 49 novas drogas sintéticas haviam sido detectadas no bloco em 2011.

"Estes produtos, que podem ser extremamente potentes, agora já foram registrados praticamente em todos os países europeus", informou o documento.O relatório diz que, entre as 73 novas substâncias psicoativas registradas pela primeira vez por meio do sistema de alerta da União Europeia em 2012, 30 eram canabinóides sintéticos, que imitam o efeito da maconha.

Importação da Ásia

O relatório anual da agência descreveu o problema das drogas na Europa como em "estado de constante mudança".
De acordo com o documento, cerca de 85 milhões de pessoas, ou aproximadamente um quarto da população adulta da União Europeia, usou alguma droga ilícita no ano passado.
Por outro lado, o relatório anual da agência destacou também mudanças positivas no bloco, como o registro de um menor número de novos usuários de heroína, a queda no uso de maconha e cocaína em alguns países e um aumento no número de centro de tratamentos para usuários de drogas.
O documento ressaltou, ainda assim, a necessidade de as autoridades nacionais estabelecerem planos de apoio de longo prazo para viciados e ex-viciados em meio aos cortes de gastos dos governos europeus, reflexo da crise econômica.
Em um outro estudo separado conduzido com a Europol, a agência de polícia da União Europeia, o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência descobriu que as drogas sintéticas agora são importadas frequentemente da China e Índia para serem processadas e embaladas no bloco, em vez de serem produzidas em laboratórios secretos na Europa.
A Comissária Europeia para assuntos internos da UE, Cecilia Malmström, afirmou que o mercado de drogas estimulantes no continente está "cada vez mais complexo" e que "há um fornecimento contínuo de novas drogas cada vez mais diversas."
"O fato de mais de 70 novas drogas terem sido detectadas no ano passado é prova de que as políticas de combate às drogas precisam se adaptar às mudanças nos mercados", acrescentou.

caverna com a BBC

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