Líder da junta tailandesa ameaça executar jornalistas que ‘não digam a verdade’


BANGCOC — O líder da junta que governa a Tailândia, Prayuth Chan-ocha, ameaçou executar jornalistas “que não contem a verdade”. No mês passado, Prayuth já afirmara ter poder para fechar meios de comunicação. Nesta quarta-feira, ele adotou um tom ainda mais duro num encontro com repórteres.

Ao ser perguntado como o governo lidaria com jornalistas que não aderissem à linha do governo, o general Prayuth respondeu:

— Provavelmente os executaríamos — disse, segundo a Reuters. — Vocês não precisam apoiar o governo, mas têm que informar a verdade.

A declaração foi dada de forma séria, demonstrando que o ex-chefe do Exército não estava brincando. Ele prosseguiu, pedindo que os jornalistas escrevessem de forma a estimular a reconciliação nacional.

Prayuth lidera o Conselho Nacional para a Paz e a Ordem que depôs o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra em maio do ano passado. Desde então, foi aplicada a lei marcial no país, dando ao Exército controle total sobre os cidadãos.

Dissidentes têm sido silenciados. Em janeiro, uma fundação alemã teve que cancelar um debate sobre liberdade de imprensa.

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