
Há uma indisfarçável ansiedade nos meios políticos paraibanos com a perspectiva de retorno, em setembro, do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), que cumpre uma espécie de exílio nos Estados Unidos depois de ter sido cassado, em fevereiro, pelo Tribunal Superior Eleitoral, a pretexto de abuso de poder na campanha que o reelegeu em 2006. Político jovem e carismático, Cássio saiu da cena estadual a pretexto de se submeter a cursos de reciclagem de idioma e noções de especialização política.
Sua ausência provocou um sentimento de orfandade entre os aliados mais próximos, inconformados com a ascensão, via judicial, do peemedebista José Maranhão, que Cássio derrotou nas urnas em dois turnos. O "hiato" fortaleceu, também, as especulações de que o ex-governador poderia deixar o PSDB e investir numa aliança com o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, do PSB, que aspira disputar o governo. No ninho tucano, o senador Cícero Lucena, parceiro de muitas jornadas do grupo Cunha Lima, procurou ocupar espaços contra Maranhão, juntamente com o senador Efraim Morais, do DEM.
Antes de embarcar, Cássio admitiu tendência de apoio a Cícero, mas sugeriu a ampliação do "arco de oposições" a Maranhão. Ele promoveu encontro com a bancada na Assembleia que lhe permanece fiel e teve conversas pessoais com Cícero Lucena e com Efraim Morais. Cícero caiu em campo, percorrendo municípios para viabilizar sua candidatura ao governo. Efraim ensaiou idêntica peregrinação, mas num ritmo menor. Ficou no ar a hipótese de realização de uma pesquisa, no momento oportuno, para definir qual o candidato mais forte para enfrentar Maranhão.
Oficialmente não foi divulgado o roteiro da volta de Cássio, sendo freqüentes os rumores de que, antes de desembarcar na Paraíba, ele manterá contatos com cúpulas partidárias influentes em Brasília e São Paulo. Em termos concretos, o ex-governador avisou que não pretende deixar o PSDB, embora tenha recusado oferta de Cícero para assumir a presidência estadual. Numa mensagem que gravou, na despedida, aconselhou os aliados a conter a revolta, contar os dias e esperar sua volta. Aliados e adversários concordam num ponto: ele é a referência maior das oposições para o embate do próximo ano, mesmo que disputando o mandato de senador.
Aproximação com Coutinho é ainda indefinida
Filho do ex-governador Ronaldo Cunha Lima, Cássio foi deputado federal, prefeito de Campina Grande, superintendente da Sudene e governador. Participou da Assembleia Nacional Constituinte, quando o presidente Lula exerceu seu único mandato parlamentar. Cunha Lima, que já foi do PMDB, obteve média final de 6,5 na Constituinte, conforme avaliação do Diap, órgão de assessoramento legislativo. Já foi sondado por vários partidos a assinar ficha. O assédio maior foi do PTB. Ele resistiu a deixar o ninho tucano, sobretudo depois que senadores do PSDB defenderam seu segundo governo e criticaram o processo de cassação de que foi vítima. A militância no PSDB não o impediu de criar uma amizade pessoal com o presidente Lula e manter relação institucional que favoreceu projetos de interesse do estado. Ele justificou a viagem aos Estados Unidos, também, como estratégia para não perturbar "os rumos da Paraíba".
Fonte : Nonato Guedes*
Afonteenoniticia
Sua ausência provocou um sentimento de orfandade entre os aliados mais próximos, inconformados com a ascensão, via judicial, do peemedebista José Maranhão, que Cássio derrotou nas urnas em dois turnos. O "hiato" fortaleceu, também, as especulações de que o ex-governador poderia deixar o PSDB e investir numa aliança com o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, do PSB, que aspira disputar o governo. No ninho tucano, o senador Cícero Lucena, parceiro de muitas jornadas do grupo Cunha Lima, procurou ocupar espaços contra Maranhão, juntamente com o senador Efraim Morais, do DEM.
Antes de embarcar, Cássio admitiu tendência de apoio a Cícero, mas sugeriu a ampliação do "arco de oposições" a Maranhão. Ele promoveu encontro com a bancada na Assembleia que lhe permanece fiel e teve conversas pessoais com Cícero Lucena e com Efraim Morais. Cícero caiu em campo, percorrendo municípios para viabilizar sua candidatura ao governo. Efraim ensaiou idêntica peregrinação, mas num ritmo menor. Ficou no ar a hipótese de realização de uma pesquisa, no momento oportuno, para definir qual o candidato mais forte para enfrentar Maranhão.
Oficialmente não foi divulgado o roteiro da volta de Cássio, sendo freqüentes os rumores de que, antes de desembarcar na Paraíba, ele manterá contatos com cúpulas partidárias influentes em Brasília e São Paulo. Em termos concretos, o ex-governador avisou que não pretende deixar o PSDB, embora tenha recusado oferta de Cícero para assumir a presidência estadual. Numa mensagem que gravou, na despedida, aconselhou os aliados a conter a revolta, contar os dias e esperar sua volta. Aliados e adversários concordam num ponto: ele é a referência maior das oposições para o embate do próximo ano, mesmo que disputando o mandato de senador.
Aproximação com Coutinho é ainda indefinida
Filho do ex-governador Ronaldo Cunha Lima, Cássio foi deputado federal, prefeito de Campina Grande, superintendente da Sudene e governador. Participou da Assembleia Nacional Constituinte, quando o presidente Lula exerceu seu único mandato parlamentar. Cunha Lima, que já foi do PMDB, obteve média final de 6,5 na Constituinte, conforme avaliação do Diap, órgão de assessoramento legislativo. Já foi sondado por vários partidos a assinar ficha. O assédio maior foi do PTB. Ele resistiu a deixar o ninho tucano, sobretudo depois que senadores do PSDB defenderam seu segundo governo e criticaram o processo de cassação de que foi vítima. A militância no PSDB não o impediu de criar uma amizade pessoal com o presidente Lula e manter relação institucional que favoreceu projetos de interesse do estado. Ele justificou a viagem aos Estados Unidos, também, como estratégia para não perturbar "os rumos da Paraíba".
Fonte : Nonato Guedes*
Afonteenoniticia
0 comentários:
Postar um comentário