
O Ensino Para Professores Sobre o Holocausto
Dois renomados concordienses de origem judaica, Oscar e Zuly Sorokin, questionam a formação de professores sobre os crimes em massa cometidos na Segunda Guerra Mundial , que está a cargo da Associação Israelita de Concórdia e não do Estado e seus programas educativos. Eles argumentam que deve-se falar de “genocídio”, entendendo que a palavra “holocausto” desvirtua o sentido histórico das ações nazistas.
Nos últimos dias, começou-se a ditar no Museu Histórico Judeu, por membros da comunidade, uma série de palestras para informar aos professores o que eles chamam de Holocausto, como parte de um plano pedagógico que inclui o tema na formação dos nossos professores, crianças e jovens.
Este acontecimento simples não é tão inocente. O objetivo é amenizar a consciência do povo argentino para que “compreenda” a política genocida do Estado de Israel sobre o povo palestino.
Expulsos de terra que habitavam desde 2000 anos atrás, expulsos pelas forças sionistas em 1.947, quando da criação do Estado de Israel, os palestinos foram submetidos a um extermínio lento e constante que perdura ainda hoje, desde o massacre na aldeia de Dair Yassin, em 9 de abril de 1948, quando foram assassinados homens, mulheres e crianças para espalhar o terror entre os árabes palestinos.
Os líderes sionistas reconhecem apenas os judeus como as únicas vítimas do genocídio nazista. Na II Guerra Mundial morreram 6.000.000 de judeus nos campos de concentração. Mas os nazistas assassinaram mais de 500.000 ciganos e, em relação à sua população total, foi o povo que teve o maior número de vítimas; e ainda milhares de católicos e anti-fascistas também foram mortos, como parte das mais de 50 milhões de vidas que custou a guerra.
Para conhecer o genocídio nazista é preciso percorrer toda a história de ascenção do nazismo ao poder; como a cumplicidade dos dirigentes sionistas e as traições de quem aceitou a existência das leis raciais em Nuremberg, argumentando que, com estas leis, os nazistas reconheciam os judeus como nação; ou os traidores de diferentes guetos da Polônia, que alegaram que “nós fizemos o nosso melhor “, argumento oferecido pelo grande rabino-chefe de Beriln, o “humanista” Leo Baeck, que enviava judeus aos campos de trabalhos forçados, os campos de concentração.
O engenheiro Adam Chernicov, o primeiro presidente do Judenratt – Conselho Judaico do Gueto de Varsóvia, se suicidou depois de haver colaborado e dado conta do que havia feito - enviado 5.000 judeus por dia aos campos, mas quem o sucedeu cumpriu com todas as ordens nazistas – e a encarregada da tarefa era a polícia judia do gueto.
O diretor do gueto de Vilna entregava judeus rebeldes para que os nazistas não tomassem represálias contra a população dali e então eles o mataram. Seu nome era Jacob Gluus – judeu.
Outro líder judeu, Jaim Rumkosvki, que dirigia o Judenratt, de Lodz, chegou a cunhar sua própria moeda naquele gueto, com a aprovação dos nazistas.
O rabino-chefe de Viena, Benjamin Murmelstein, explicou que a causa da matança era porque haviam pecado e aquele era “o castigo de Jeovah”.
Katzner, alto funcionário do governo de Ben Gurion, foi um colaborador nazista. Era ele quem negociava com Eichmann. Foram 1.400 judeus ricos, profissionais ou técnicos e também caminhões para o exército nazista a troco do silêncio de 390 mil a 470 mil judeus enviados aos campos de concentração.
Isso ocorreu em 1944, pouco antes do julgamento de Eichmann, que cometeu suicídio em Tel-Aiv.
Sem essa história de cooperação, de aceitação das leis raciais, do atraso cultural dos judeus pobres da Polônia, Hungria e Romênia, imbuídos de sentimentos religiosos que lhes paralisavam e os levavam a aceitar passivamente o seu destino, seguramente teria sido outra a História. Foi isso o que aconteceu. Porém a história não pode ser contraditória.
Entretanto, muitos judeus não aceitaram a submissão e protagonizaram revoltas nas cidades e nos guetos, as quais, sem dúvida, a mais importante foi no gueto de Varsóvia; quando Mordechai Anielevich e Marek Edelman, entre outros heróis judeus, foram exemplos para outros levantamentos. Estes heróis nos recordam muitos líderes da direita judia em Israel ou na diáspora, e 19 de Abril, aniversário do levante do Gueto de Varsóvia, passa quase despercebido.
Na ocasião em que um líder israelense visitava Varsóvia, foi solicitado a Lech Walessa, então presidente da Polônia, que não estivesse ali o Dr. Marek Edelman no comitê de recepção – Edelman liderou a Revolta do Gueto de Varsóvia em abril de 1943. Será que isto vai ser dito na “formação de professores ” que se implementou na Argentina?
Dizemos que a formação dos nossos professores não pode estar nas mãos dos dirigentes sionistas da comunidade judaica – um dos mais reacionários do mundo, juntamente com o da França e dos E.U.A.. O direito de educar e formar professores deve ser feito a partir do Estado, a partir de suas instituições e de seus programas educacionais. E nunca exisitiu melhor momento para se fazer isso que este que estamos vivendo hoje em nosso país, quando há liberdade de expressão.
O que aconteceu na 2 ª Guerra Mundial, quais foram suas causas, as conseqüências que atingem os nossos dias?
Os europeus, como a Alemanha, lavaram as suas consciências com o reconhecimento do Estado de Israel, com suculentas indenizações financeiras e com sua aliança com os israelitas, aliados inseparáveis da Inglaterra e dos E.U.A. em sua política de controle que cerca o Oriente Médio.
Não falamos de “holocausto” como sacrifício, falamos do genocídio, que é a verdadeira palavra que devemos usar. Porque Holocausto significa submissão a Deus, oferta ou sacrifício do povo judeu a Jeovah – e não acreditamos que era este o sentimento da massa judia assassinada. Tampouco o termo “holocausto” é inocente da forma como o usam – foi uma oferta. e, como tal, não há mais responsável, se alivia, se perdoa a Alemanha. No fim, os sionistas transladaram seu ódio racial contra o povo palestino, que hoje é a vítima inocente do genocídio nazista.
O.Intendente Cdor Bordet e o Prof. Dri aceitaram seguramente este acordo com o mais amplo, melhor e profundo espírito democrático. Suspeitamos que podem ter sido objetos de sutis pressões por parte da comunidade judaica que, sem dúvida, respeitam. Mas não se pode nem se deve confundir ser críticos do sionismo - uma expressão do nacionalismo racista judeu nascida simultaneamente com o nazismo (o outro nacionalismo étnico), com ser anti-semita.
Você pode criticar as políticas dos E.UA. da França, da Inglaterra, de Cuba ou da Venezuela, mas não pode criticar Israel e seu nacionalismo judaico sem ser imediatamente acusado de ser anti-judeu ou anti-semita. Porém não se pode recordar o genocídio judeu e esquecer os diferentes genocídios de outros povos. E o mais importante: não se pode usar a memória de um genocídio para justificar outro genocídio.
O texto original pode ser lido em Espanhol neste endereço: aqui
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