Venezuela condena policiais a prisão por golpe contra Chávez

da France Presse, em Caracas

O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou a condenação a 30 anos de prisão de três delegados da polícia de Caracas pelas mortes ocorridas durante o golpe de Estado de 2002, o que põe fim a sua pretensão de se tornarem candidatos nas eleições legislativas.

A Sala de Cassação Penal do Supremo Tribunal declarou nesta terça-feira "sem procedência as solicitações de anulação (da condenação) apresentadas pelos advogados de defesa" dos delegados Iván Simonovis, Lázaro Forero, Henry Vivas e de outros sete policiais, que também foram condenados por estes fatos.

"É inaudito que, logo depois do julgamento mais longo da história da Venezuela (três anos), a decisão seja tomada em sete dias", protestou María de Simonovis, mulher de Iván Simonovis.
"Isso requeria um estudo profundo que não ocorreu", disse em declarações ao jornal "El Nacional".

"A perseguição dos delegados é evidente", acrescentou, afirmando que levarão o caso a organismos internacionais.

Com essa decisão, a sentença de 30 anos de prisão --pena máxima estabelecida pela legislação venezuelana-- é "definitiva" e, portanto, estão "desabilitados politicamente", explicou o advogado de defesa José Tamayo.

Em consequência disso, os delegados, que se consideram "presos políticos", não poderão se candidatar nas eleições da Assembleia Nacional (Parlamento) de 26 de setembro próximo.

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