Divulgada lista de empresários e servidores acusados de fraudes


O delegado Wagner Dorta, que preside o inquérito sobre uma rede de fraudes na emissão de carteiras de motorista na Paraíba, divulgou na manhã desta quarta-feira (16) a relação completa contendo os nomes dos 35 presos durante a Operação Espelho de Prata. Dos 41 mandados de prisão expedido, seis ainda estão em aberto.
Entre os acusados de participação no esquema, estão servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), proprietários de autoescola e agenciadores, que intermediavam as negociações com os compradores dos documentos.
Servidores do Detran:
Andrea Cláudia dos Santos Silva
Jimena Lacerda Cavalcanti
Fernando Luís Fernandes Galvão
Irenaldo da Silva
Marcíola Santana Moreira de Lacerda
Maria do Socorro Camelo de Sá
Saulo Freire de Araújo
Jumira Andrea P. Mindelo
Josinalva Guedes da Costa
Marcílio Guimarães da Silva
Lindemberg Morais de Santana Filho
Donos e funcionários de autoescolas, que trabalhavam como despachantes:
Marilene Bezerra de Almeida
Jonas Evangelista do Rosário
Jefferson de Almeida Soares
Betânia Bezerra de Almeida
Niedjena Santos da Silva
Naélia Lira de Oliveira
Pedro Aurélio Cavalcanti Melo Júnior
Tiago Ribeiro da Silva
Franklin Tomás Rodrigues da Silva
Elton Jonas Rodrigues Bezerra
Josué Gustavo da Silva
Angélia Maria do Rego Barros
João Cândido dos Santos Neto
Marlene Rodrigues Medeiros
Edilberto Nunes Pereira
Isabel Cristina Noronha Monteiro
Isaías Alves da Silva
Ana Paula Paulino de Sousa
Lamartine Silva do Nascimento
Francelene Rodrigues Ferreira da Silva
Ian Monteiro da Silva
Francisco Auritano Nogueira
Raimundo de Lima Pereira
Ronaldo de Alcântara
Autoescolas envolvidas:
Millenium (Itabaiana)
Millenium (Alhandra)
Liderança (João Pessoa)
Globo (João Pessoa)
Ideal (Sapé)
Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro (Pombal)
Borges (Rio Tinto)
Sinal Verde (Campina Grande)
Point (Campina Grande)
Frei Damião (Guarabira)
A funcionária do Detran Tereza Cristina Mororó Melo, chegou a ser citada entre os acusados, mas é considerada foragida. Também há mandado de prisão expedido contra ela, que chegou a ser afastada do órgão em maio do ano passado, por suspeitas de facilitar a aprovação de candidatos inaptos à obtenção de habilitações.
De acordo com o delegado Wagner Dorta, alguns dos detidos admitiram participação no crime e explicaram como funcionava o esquema. Outros negaram qualquer envolvimento. Ele declarou que poderá solicitar a prorrogação de algumas prisões preventivas, caso as considere fundamentais para o andamento das investigações.
Carteiras custavam entre R$ 400 e R$ 1,5 mil
As investigações iniciadas em outubro de 2009 demonstraram que cerca de 50 mil carteiras de habilitação teriam sido expedidas de forma irregular na Paraíba em cinco anos. Os documentos não era falsificados, mas fraudulentos. As carteiras, que custavam entre R$ 400 e R$ 1,5 mil, seriam emitidas sem que os compradores fizessem as provas teóricas e práticas. Em alguns casos, o documento era encomendado por telefone e enviado por Sedex para outros Estados, como Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Punições
O Detran e o Ministério Público Estadual garantiram que as carteiras provenientes da rede criminosa serão anuladas. Os órgãos terão como base um banco de dados atualizado em um software da Polícia Civil durante as investigações.
As autoescolas e os servidores do Detran também deverão ser punidos. As empresas poderão ser descredenciadas, perdendo o direito de atuarem, e os funcionários do órgão estadual podem responder criminalmente por corrupção de agente público, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Foto: Aguinaldo Mota
Paraíba1

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