Estatísticas divulgadas esta semana revelam que aumentou a violência contra mulheres e jovens até 19 anos na Paraíba. Somente em Campina Grande, foram assassinados 71 jovens de 0 a 19 anos, em 2007, de acordo com pesquisa do Instituto Sangari. Já o número de assassinatos de mulheres cresceu cerca de 60% entre 2009 e 2010, na Paraíba, segundo o Centro da Mulher 8 de Março. Para o coordenador da Central de Acompanhamento de Inquéritos Policiais de Campina Grande, promotor Marcus Leite, o crescimento da violência envolvendo jovens se deve à participação cada vez maior deles na criminalidade, em especial o narcotráfico. “O crime organizado entende por recrutar esses menores por conta da menoridade penal. É mais fácil recrutar o menor de 18 anos porque sabe que para ele sequer é aplicada uma pena mas uma medida socioeducativa”, explicou o promotor.
Em relação à violência contra a mulher, o coordenador da Caimp explicou que a maioria dos casos envolve violência doméstica. “Sempre são vítimas de maridos misóginos, ou seja, aqueles que maltratam as suas mulheres”, disse.
Quanto aos problemas enfrentados nas investigações, o promotor Marcus Leite informou que é a precariedade da Polícia Judiciária. “Temos delegado que trabalha com afinco, mas a estrutura é bastante precária. Temos em Campina Grande a Central de Polícia que está sendo desalojada por falta de estrutura”, afirmou.
O coordenador explicou ainda que o Ministério Público da Paraíba instituiu os Centros de Apoio Operacional Temáticos que vão criar as políticas institucionais para prevenir o problema. “Entre os temas está a segurança pública. Essas políticas estão sendo estudadas e envolvem educação, estrutura. Nós não temos uma política de segurança no país”, concluiu.
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