Potências europeias darão apoio a logística rebeldes



Rebelde líbio (Foto: Reuters)
Potências europeias darão apoio a logística rebelde
A França e a Itália seguiram a Grã-Bretanha e anunciaram nesta quarta-feira que enviarão pessoal militar para apoiar os rebeldes que se opõe ao governo do coronel Muamar Khadafi há dois meses.
Um porta-voz do governo francês, François Baroin, disse que serão enviadas menos de dez pessoas, e que a medida está de acordo com a resolução da ONU que deu o sinal verde para a intervenção internacional na Líbia.
Mas Baroin ressaltou que a cooperação não constituirá um envio de forças militares para a Líbia, o que iria de encontro à resolução da ONU.
"Não estamos prevendo enviar tropas de combate no chão", disse Baroin.
Nesta quarta-feira, após uma reunião com o presidente do Conselho rebelde, sediado em Benghazi, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que seu país intensificará os ataques às forças de Khadafi.
O comunicado da Presidência francesa não esclarece como se daria essa intensificação. Segundo o texto, os rebeldes se comprometeram a construir a democracia na Líbia "pela via das urnas, não sobre um tanque de guerra".
Na terça-feira, a Grã-Bretanha anunciou que enviaria cerca de dez militares para prestar apoio logístico e de inteligência e treinar os rebeldes em Benghazi.
O ministro britânico do Exterior, William Hague, descreveu os objetivos da missão como "melhorar as estruturas de organização, comunicação e logística" dos rebeldes.

Nesta quarta-feira, o ministro da Defesa italiano, Ignazio La Russa, anunciou que seu país pode tomar medida semelhante.
Interpretação ampla
O repórter da BBC Hugh Schofield, que está em Paris, disse que tanto o governo francês quanto o britânico estão dispostos a esticar o máximo possível o mandato da resolução da ONU que autorizou os ataques à Líbia.
O ministro francês da Defesa, Gerard Longuet, foi além ao afirmar que o envio de tropas para a Líbia é um "tema concreto" que merece a atenção da ONU.
A resolução 1973, aprovada em março pelo Conselho de Segurança da ONU, autoriza "todas as medidas necessárias" – com exceção de ocupação militar – para proteger a população civil líbia contra os ataques do coronel Khadafi.
Para o ministro líbio do exterior, Abdul Ati al-Obeidi, a presença de pessoal militar estrangeiro no país representa um "passo atrás" no caminho para a paz.

O ministro apoiou o plano da União Africana – rejeitado pelos rebeldes – que propõe um cessar-fogo e um prazo de seis meses para a realização de eleições, sob supervisão da ONU.
Al-Obeidi disse que vários países apoiam o cessar-fogo e os esforços humanitários, mas avaliou que a França, a Grã-Bretanha e a Itália "não estão ajudando".

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